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Escolas de Irati buscam conscientizar alunos sobre sustentabilidade e reciclagem

24/06/2023

Escolas de Irati buscam conscientizar alunos sobre sustentabilidade e reciclagem

Em junho, mês em que é comemorado o Dia do Meio Ambiente, acontecem diversas ações para chamar a atenção das pessoas sobre a importância da preservação do solo e dos recursos naturais. Em algumas escolas de Irati, a educação ambiental foi destaque em junho, apesar de fazer parte do dia a dia das instituições de ensino.

Na Escola Municipal Rosalina Cordeiro de Araújo, por exemplo, em cada sala de aula há duas lixeiras para que os alunos separem as folhas de caderno usadas que serão recicladas dos demais lixos. “Em cada sala de aula existe uma lixeira específica para o descarte do papel reciclável. Assim, todos os alunos são incentivados a separar o lixo”, conta a coordenadora pedagógica Luciane Likes.

Segundo ela, a escola participa do programa de educação ambiental do governo estadual, que abrange outros 321 municípios. “Participamos ainda do Projeto Campo Limpo, no qual são disponibilizados materiais de apoio para o professor, banner e jogos pedagógicos para uso em sala de aula, com temas relacionados à preservação ambiental”, descreve Luciane.

O programa trabalha a noção de responsabilidade compartilhada, em que famílias, escolas, empresas e governo têm o compromisso de buscar soluções que minimizem os impactos causados ao meio ambiente pelos diferentes tipos de resíduos. Com isso, a educação ambiental não fica apenas na teoria. Luciane explica que projetos são realizados com os alunos,  como o de reflorestamento no parque da Vila São João, que está situado próximo à escola.

Projeto de reciclagem

Colégios estaduais também contam com projetos de reciclagem e conscientização ambiental. Em Irati, a Diretora do Colégio Antônio Xavier da Silveira, Maria Amélia Ingles, destaca que desde 2016 a escola tem parcerias com a Sepac (fabricante de diversas marcas de papel higiênico) e com a TerraCycle do Brasil (uma empresa de soluções para resíduos de difícil reciclabilidade) para realizar trocas de lixo reciclável por papel higiênico ou dinheiro.  “Nosso projeto de cuidado e preservação do meio ambiente vem desde 2016 e é um projeto que recicla tudo que pode parecer que não dá para reciclar”, explica. O colégio envia papel reciclável para a Sepac e recebe em troca papel higiênico e papel toalha. Já com TerraCycle, que  é uma empresa multinacional, outros produtos são destinados ao Xavier.

Os materiais reciclados são arrecadados na própria escola por meio dos alunos, pais de alunos e funcionários que trazem o material de suas casas. “A maioria dos nossos professores já traz de casa o papelão. Então já virou uma rotina para eles guardar e trazer para a escola, e alguns alunos também pais de alunos eles vêm com o carro cheio. Eles deixam a semana inteira e vêm com garrafa pet, com as esponjas, e já falam ‘eu vou deixar o lixo lá’. Eu abro a porta eles já levam no cantinho onde a gente guarda para não molhar”, relata Maria Amélia.

A diretora ressalta sobre a importância que a ação traz ao meio ambiente e à formação dos estudantes. “São dois centavos cada embalagem de creme dental, dois centavos cada caneta quebrada e às vezes é um centavo cada esponja para mandar. Mas nós embalamos este produto, recolhemos aqui na escola, porque no meio ambiente, por exemplo, uma esponja leva 50 anos para se deteriorar, então nós trabalhamos com a  consciência  dos alunos”, afirma.

Tampinhas de garrafas e  embalagens de remédios também são separados e destinados para a  Associação do Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati (Anapci) e ao Hospital Erasto Gartner. 

Cuidado com o solo

O Colégio Xavier também realiza o tratamento do óleo de cozinha, que é um grande poluente do solo se descartado na maneira errada. “O óleo de cozinha, às vezes as pessoas não sabem, e nós fazemos o sabão para lavar a quadra, o saguão e a cozinha. É feito aqui na escola o sabão líquido para a gente poder usar nos ambientes”, conta Maria Amélia.

A diretora do Xavier conta será feita uma horta na escola, junto com a alunos de Engenharia Florestal, na qual poderão ser colhidos alimentos sem agrotóxicos.  “Nós vamos iniciar uma pequena horta agora a partir deste mês, a gente já vai virar a terra para ver se conseguimos fazer produtos orgânicos para merenda escolar. Salsinha, cebolinha, couve, coisas que produzem rapidamente e que a gente não precisa comprar para fazer os temperinhos das nossas alimentações”, cita.

Texto: Daniele Sobutka e Lenon Diego Gauron

Fotos: Divulgação

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