Pesquisadoras da Unicentro lideram três grandes projetos internacionais em nanotecnologia
Camila Diedrich, Rafaela da Rosa Ribeiro e Daniele de Campos desenvolvem suas investigações com suporte técnico e científico do laboratório coordenado pelo professor Najeh Khalil, referência no desenvolvimento de fármacos nanostruturados, em parceria com instituições do Brasil e do Exterior.
Pesquisadoras vinculadas ao Applied Nanostructured Systems Laboratory (Laboratório de Sistemas Nanoestruturados Aplicados), coordenado pelo professor Najeh Maissar Khalil, do Departamento de Farmácia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), estão à frente de pesquisas de relevância internacional que buscam ampliar as possibilidades de tratamento de diferentes tipos de câncer.
Os projetos foram aprovados em chamadas públicas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e reforçam a excelência das pesquisas desenvolvidas na universidade.
Camila Diedrich, Rafaela da Rosa Ribeiro e Daniele de Campos desenvolvem suas investigações com suporte técnico e científico do laboratório coordenado pelo professor Najeh, referência no desenvolvimento de fármacos nanostruturados, em parceria com instituições do Brasil e do Exterior.
Um dos projetos visa o desenvolvimento de novas terapias para o mieloma múltiplo — um tipo raro de câncer que afeta a medula óssea. Outro trabalho investiga em profundidade um mecanismo ainda pouco compreendido de morte celular coletiva em tumores de próstata. Já a terceira pesquisa busca tornar viável o uso terapêutico de compostos naturais com potencial antitumoral, como a crisina e a curcumina, utilizando recursos da nanotecnologia.
MIELOMA – A pesquisadora Camila Diedrich faz parte da equipe do projeto aprovado na Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 22/2024 – Programa Conhecimento Brasil – Apoio a Projetos em Rede com Pesquisadores Brasileiros no Exterior. O projeto coordenado pelo professor Najeh é voltado a pesquisadores brasileiros que atuam fora do País.
O projeto visa o desenvolvimento de novos tratamentos para o mieloma múltiplo, um câncer raro que afeta a medula óssea, geralmente diagnosticado após os 50 anos e que até hoje não possui cura. “Apesar dos avanços terapêuticos, o mieloma múltiplo continua sendo uma doença incurável. O tratamento atual prolonga a sobrevida desses pacientes, mas cada vez que volta, volta mais forte, diminuindo a força desses indivíduos, podendo metastatizar de outras formas, gerando fraquezas, fraturas, especialmente afetando indivíduos acima dos 70”, detalha a cientista.
A proposta da pesquisa é utilizar a curcumina, um composto natural com propriedades terapêuticas, na forma nanoencapsulada, para potencializar sua absorção e eficácia, reduzindo os efeitos colaterais de medicamentos já utilizados no tratamento, como a lenalidomida.
Além do caráter científico, o projeto promove um importante intercâmbio acadêmico entre instituições brasileiras e internacionais. A pesquisa é desenvolvida em parceria com o professor Kareem Azab, da UT Southwestern Medical Center, nos Estados Unidos. “Esse projeto nos permite não apenas desenvolver novas pesquisas, mas também estabelecer parcerias que antes eram dificultadas pela distância e pelo custo. É uma oportunidade de aliar expertises e promover um intercâmbio de ideias”, complementa.
Na última semana, Camila esteve no Brasil para