Proibição do uso de narguilé em locais públicosem Prudentópolis traz à tona a discussão sobre o tema
O uso do narguilé, uma espécie de cachimbo de água de origem oriental, foi tema de discussão em Prudentópolis, após a proposição de um projeto de lei pela Câmara de Vereadores para proibir o uso do narguilé em vias públicas, praças, parques, praças esportivas públicas, espaços de exposições e espaços públicos de propriedade da municipalidade.
O projeto acabou virando um substitutivo e acrescentou a proibição à Lei Municipal nº 1.861/2010, que já proíbe o uso de bebida alcoólica em vias públicas. O substitutivo, de autoria dos vereadores LademiroBudnik, Carina GasparinRampi e Marcos Roberto Lachovicz, foi aprovado na terça-feira (27), em segunda votação, por unanimidade de votos na Câmara Municipal. Ainda é preciso a sanção do Executivo.
Após a proposição do projeto, alguns jovens que costumavam usar o narguilé em espaços públicos foram à Câmara de Prudentópolis conversar com os vereadores sobre o projeto.Na Tribuna, durante a sessão que aprovou o substitutivo em primeira votação, a vereadora Carina comentou a conversa que ocorreu. “Foi muito produtiva a conversa com todos, até porque deixou clara a questão do ir e vir. Eles questionaram essa questão de que somos livres e temos a liberdade de ir e vir. Eu coloquei a questão do respeito e moral e bons costumes”, destacou.
Ainda na Tribuna, a vereadora explicou que o projeto não tem o objetivo de proibir o consumo, mas sim, que há uma preocupação em relação à saúde dos jovens. “O que me preocupa muito é a falta de informação do que é o narguilé. O narguilé tem nicotina, as doenças causadas pelo narguilé são seríssimas”, disse.
Uso é definido como relaxante
Para muitos usuários, o narguilé se mostrou uma opção ao cigarro de nicotina. É o caso de Andrei Lubaczeuski que conheceu o narguilé há 10 anos, mas que começou a usar com frequência nos últimos cinco anos. “Passei uns dois anos sem fumar cigarro, eu tive um contato com o narguilé novamente e foi meio que uma paixão. Eu estava querendo voltar a fumar cigarro, mas estava me controlando. E acabei tendo contato com o narguilé novamente e desde então eu fumo”, conta.
Como o uso do narguilé leva um tempo de preparo, Andrei conta que todo o ritual para o preparo o ajuda a relaxar. “ Uso o narguilé como aquela hora do dia para descansar, desligar dos problemas, é um produto para relaxar”, defende.
Como ex-fumante de cigarro, Andrei conta que para ele, os efeitos do narguilé têm sido menores do que do cigarro. “Quando ficava sem fumar cigarro, me causava abstinência, mas quando fumava narguilé, não me causa. Posso ficar vários dias sem fumar por causa do meu trabalho que eu não vou sentir aquela necessidade”, explica.
Ele conta que chegou a pesquisar sobre os efeitos do narguilé, mas para ele, as consequências são menores do que quando usava o cigarro. “A grande diferença que vejo é que o cigarro a gente traga pra fumar, e o narguilé você não traga, você fuma igual o charuto. É uma fumaça que coloca dentro da sua boca, você aprecia o sabor e acaba soltando ela novamente”, disse. E Andrei acrescenta: “Não vejo o narguilé como porta de entr
Publicado originalmente em: 06-abr-18
Fonte: Hoje Centro Sul

