Por que Irati? Os motivos que levam pessoas de diferentes lugares a escolherem a cidade como novo lar

Por Redação 3 min de leitura

Às vésperas de comemorar 117 anos de emancipação política, Irati se destaca não apenas por sua história e paisagens naturais, mas também pela diversidade e acolhimento aos que aqui encontram seu lar. Em meio a suas jornadas individuais, pessoas que deixaram os estados do Rio Grande do Norte, o Amapá e o Mato Grosso do Sul, além de uma família que veio da Venezuela para o Brasil,  destacam aspectos únicos de Irati: a paz que permeia os dias, a beleza das paisagens naturais, a segurança que permite caminhar tranquilamente pelas ruas, e a calorosa recepção dos iratienses. Mesmo encarnado as diferenças culturais e gastronômicas, todos concordam em um ponto: Irati é mais que um lugar para se viver, é um lar onde se constrói uma história de vida

 

Na próxima segunda-feira, dia 15 de julho, Irati celebra 117 anos de emancipação política. Com quase 60 mil habitantes, a cidade não só abriga iratienses, mas também recebe pessoas de diversas origens, tanto de outras cidades e estados brasileiros quanto do exterior, que decidiram fazer de Irati seu lar. Conheça algumas dessas histórias de quem escolheu a cidade e o que as faz permanecerem por aqui.

Das praias do Nordeste para Irati

Peterson Nogueira, natural de Areia Branca, Rio Grande do Norte, mudou-se para Irati em 2017 após ser aprovado em um concurso público para lecionar no Instituto Federal do Paraná (IFPR). Ele conta que se encantou com a receptividade da cidade e descreve Irati como um local de paz. “Fui lotado no Campus Irati em 2017 e desde então moro nesta cidade que me acolheu de forma calorosa – tão calorosa que os dias frios nem chegam a incomodar. Eu pensei que qualquer cidade do Sul teria seus contornos bairristas, mas Irati se mostrou agradável e calma, me recebendo bem. Às vezes, penso que Irati é o último recôndito de paz no mundo”, descreve.

Seus lugares preferidos em Irati envolvem contemplar a natureza, como cachoeiras, pores do sol e parques. “Já vi o pôr do sol e a lua nascendo gigante lá ‘nas torres’ e também lá do bairro Solaris. Já fui de bicicleta até a cachoeira do Pinho de Baixo, já fui à vinícola, já passeei por plantações, pela Flona, amo o Parque Aquático, pela representação de gente reunida para celebrar a vida. Adoro todos esses lugares e tenho dificuldade de dizer qual o melhor”, cita o professor, que é formado em Letras com doutorado em literatura brasileira.

A principal diferença entre Areia Branca e Irati, segundo ele, é a presença do mar. Nascido em uma cidade onde o sertão encontra o oceano, ele sente falta dos mergulhos nas águas salgadas. No entanto, ressalta que Irati lhe proporciona outros ‘mergulhos’, como a paz, a tranquilidade e um emprego que o deixa feliz. 

Ele também tem saudade da culinária de seu estado natal, mas contorna isso ao trazer pratos tradicionais para Irati. “Para diminuir essa distância, eu trouxe o cuscuz e a canjica, que é uma receita diferente da que existe por aqui. Mas sinto falta do feijão verde, queijo coalho e outras comidas. Por outro lado, incorporei o pinhão à minha experiência gastronômica”, destaca Peterson.

Ele relembra que uma das experiências mais marcantes em Irati foi receber um aluno surdo. Motivado pelo desejo de inclusão, aprendeu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) diretamente com o aluno. De acordo com Peterson

Publicado originalmente em: 13-jul-24

Fonte: Hoje Centro Sul