21/08/2020
Por Renato Hora
O voto é direito assegurado aos brasileiros maiores de 16 anos e obrigatório para os maiores de 18.
É de relevante destaque a expressão utilizada pelo art. 14 da Constituição Federal de 1988: “com igual valor para todos”.
Ora, num país de tamanhas desigualdades, ter um direito que não faz acepções, ou seja, não faz distinção entre homens e mulheres, ricos e pobres, serve de alento ao sentimento democrático e gera esperança por igualdade. E torna plausível o ideal constitucional “igual valor” para um povo que por décadas luta por direitos verdadeiramente iguais.
Valorizar o voto é valorizar a história, valorizar sua conquista, mas principalmente valorizar o nosso futuro e das gerações que virão. E valorizar sua conquista implica no dever de combater qualquer ameaça à democracia. A supressão do direito ao voto é o fim da liberdade de expressão e do pluralismo de ideias.
Valorizar o voto é entender que nele não há preço. Não pode ser vendido.
Valorizar o voto é valorizar a si mesmo, sabendo que tão desprezível é quem o pretende comprar, igualmente indigno é quem aceita vender.
Valorizar o voto é prestigiar o bom político, é engrandecer quem não se corrompe, é apoiar quem, desprovido de sentimentos egoísticos, sonha com o bem coletivo. É, enfim, somar-se a quem luta, com paridade de armas, o bom combate.
De autor desconhecido, válida é a sentença: Não é a política que faz o candidato virar ladrão. É o seu voto que faz o ladrão virar político.
Em síntese: Valorize o seu voto, valorize-se!
*O autor é advogado, pós-graduado em Direito Tributário e em Direito Processual Civil, fundador da Pinheiro Hora Advogados.