01/04/2021
Aguardar ansiosamente os feriados para poder viajar e descansar, aproveitando o clima da praia ou a calmaria do interior, sempre foi costume no País. Quando se trata de feriado prolongado então, a expectativa para que a data chegue logo aumenta. Nesta semana, teremos o feriado religioso da Sexta-feira Santa, seguido do Sábado de Aleluia e do Domingo de Páscoa. Oportunidade que trás a tona a dicotomia entre a reclusão e a penitência propostas pela igreja aos católicos e a vontade de aproveitar o tempo livre e viajar, confraternizar com amigos, com parentes. Nesse ano, um terceiro elemento surge contundente para balizar a escolha, a pandemia de Covid-19 – com falta de leitos e medicamentos nos hospitais, com o crescente número de doentes e de vítimas fatais.
A escolha pode ser entre a vida e a morte. Pois uma singela viagem para a casa de parentes ou para a praia, por exemplo, significa estar em contato com outras pessoas, vindas de cidades diferentes do Paraná e/ou do Brasil, o que aumenta as possibilidades de infecção pelo coronavírus, as possibilidades de necessitar de um leito de UTI e as possibilidades de não resistir às complicações decorrentes da Covid-19.
O risco é para todos e cabe a cada um decidir se vale a pena correr este risco ou não. Sobretudo neste momento crítico, em que o sistema de saúde está em colapso em todo o Brasil. Por mais que descansar, espairecer, conhecer novos lugares seja algo bom, inerente à necessidade humana de experimentar e a aproveitar a vida, para tudo há um tempo adequado.
A própria Bíblia, em Eclesiates, capítulo 3 define que há momentos apropriados para as coisas. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir”.
Portanto, cabe a cada um avaliar o feriadão e o tempo, para entender e fazer seus próprios julgamentos e escolhas.