14/06/2021
Discutir se as vacinas são boas ou ruins para a humanidade é o mesmo que discutir se a terra é plana: absurdo, sem comprovação científica, mas há quem faça. É inegável o grande avanço científico que permitiu a um número expressivo de pesquisadores de diferentes países do mundo decodificar o genoma de um novo vírus e criar não uma, mas várias vacinas distintas para garantir a imunização das pessoas contra o novo coronavírus em um período de tempo tão curto, como jamais imaginado antes. Entretanto assim como há quem negue todas as teorias astrofísicas que problematizaram, calcularam, testaram e comprovaram o sistema gravitacional, em que a terra orbita em torno do sol e insiste em ignorar toda esta trajetória científica, também há quem prefira acreditar na mensagem apócrifa que recebeu depois de milhões de compartilhamentos irresponsáveis, na opinião do amigo com primeiro grau incompleto do que nos estudos científicos que atestam o percentual de eficácia de cada vacina contra o coronavírus.
Apesar deles, o conhecimento científico modernizou técnicas em praticamente todos os setores da atividade humana, como na medicina, na engenharia, na agricultura, entre outros, que enriqueceram a sociedade, as indústrias e permitiram que a população em geral tivesse acesso a melhores produtos, assistência médica e melhores condições de vida.
É justamente em busca de melhores condições de sobrevivência diante da pandemia que a ansiedade em vacinar o maior número possível de pessoas no menor período de tempo faz parte do cotidiano dos profissionais de saúde.
Enquanto as vacina ainda são insuficientes para agilizar o processo, esses profissionais seguem firmes no trabalho de elaborar planejamentos, transmitir informações, desmentir fake news, denunciar aqueles que querem “furar fila”, enfim, de cuidar das pessoas. É isto também que almejam os futuros médicos entrevistados por nossa reportagem. Vindos de escolas públicas e de condições fora do ideal para estudar, eles que dão exemplo que é possível atingir sonhos, mesmo em tempos de pandemia, ao terem sido aprovados entre os primeiros colocados no vestibular mais concorrido da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Texto: Letícia Torres