11/11/2024
Conhecer novos lugares é um desejo compartilhado por muitos, mas para algumas pessoas, esse sonho parece distante, por acreditarem que “viajar é coisa de rico”. No entanto, há pacotes econômicos e possibilidades de pagamento flexíveis – algumas agências parcelam em até 15 vezes –, é o que avaliam profissionais do setor e pessoas como a professora Idana Menon, que viaja pelo menos uma vez por ano junto com o esposo; e Guilherme, que mesmo com limitações visuais, já conheceu lugares memoráveis
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A professora Idana Cristina Menon e o esposo Vinícius Fernandes, acreditavam que viajar pelo Brasil e pelo mundo era algo inacessível, até que descobriram que isso não passava de um mito.
“Eu não tinha esse hábito de viajar. Em 2013, eu acompanhei uma postagem que era para uma viagem em grupo, e achei que estava bem legal o preço, mas quando conversamos com a agência [de Irati], já tinham sido vendidas as duas vagas. Mas daí o interessante foi que ela falou que ia fazer um pacote no mesmo valor e para um lugar bem legal, bem bacana. Então, em 2015 foi a nossa primeira viagem, que foi para Porto de Galinhas”, recorda Idana.
Ela conta como o suporte oferecido por uma empresa especializada possibilitou que ela e seu esposo conhecessem diversos destinos. “Teve todo o suporte, como era a nossa primeira vez viajando de avião. Foi muito bacana e desde 2015, pelo menos uma viagem por ano a gente faz com agência, que vai além do trabalho profissional, vira uma amizade”, conta.
Depois da entender que é viável viajar, o casal já viveu a experiência de conhecer vários destinos nacionais e internacionais. “E a partir disso, a gente foi para Maceió, fizemos uma viagem de navio, fomos para o Chile, Buenos Aires, um hotel Fazenda aqui perto, também Termas de Jurema, já temos uma história bem bacana de vários anos”, detalha.
Idana explica que o planejamento financeiro e o parcelamento em longo prazo motivam o casal a viajar pelo menos uma vez por ano. “Tinha um conceito que viajar era para quem era rico, andar de avião; e a gente percebe que não, que é uma coisa acessível. Você tem que ir atrás, ver essas ofertas. Os pacotes, a gente parcela em 10 vezes. Pegamos promoções, porque você vai viajar, uma viagem maior, uma vez por ano, você paga que nem vê. Então, todas as nossas viagens, realmente, a gente acabou parcelando”, conta.
Para Guilherme Kiatkoski Feld viajar, além do lazer, é também sinônimo de superação, devido à sua limitação visual. “Desafios existem para todos. Porém, desejos também. Me preparo com fé, ajuda da família e determinação. A dica é: Se eu, com essa limitação consigo, os outros também conseguem”, enfatiza Guilherme.
Para ele, viajar representa a chance de conhecer novas paisagens e culturas, enriquecendo a vida com experiências únicas. “Conhecer lindas paisagens e diversas histórias. Além de novas pessoas. Eu fico sem palavras!”, descreve.
Ele conta que já conheceu diversos destinos nacionais e internacionais e descreve como é possível realizar esse tipo de sonho buscando o equilíbrio, principalmente financeiro. “Na viagem, procuro ir sem preocupações. Exemplo: Se economizar a todo instante, não aproveito o momento, a viagem. No entanto, se gastar em excesso, sem controle, não tenho para a próxima viagem, para outro destino. É preciso procurar o equilíbrio”, orienta Guilherme.
Para quem não tem tanta experiência com viagens ou possui alguma limitação como ele, Guilherme sugere passeios em grupo ou através de agências de turismo, pode tornar a experiência mais tranquila. “Na primeira viagem internacional, na verdade, fomos em 12 pessoas. O suporte da agência foi excelente para todos. Por ser internacional, fiquei com certo medo de me comunicar com os locais e não me entenderem, ou eu não os entender. Porém, como estávamos em muita gente, todos se ajudavam, incluindo na comunicação”, conta.
Guilherme organizou sua viagem com a agência de turismo da empresária Claudia Cristina Fagali, bacharel em turismo, que atende clientes apaixonados por viagens em todo o Brasil. Com mais de 15 países visitados e fluência em três idiomas, Claudia oferece um acompanhamento especializado para grupos e viagens internacionais, destacando-se no setor. Ela explica que sua empresa trabalha para desfazer o mito de que "viajar é coisa de rico". Para isso, oferece opções de pagamento flexíveis e planejamentos personalizados, tornando possível que pessoas de diversos perfis realizem o sonho de conhecer destinos ao redor do mundo. “Além dos grupos internacionais, a FAG também ficou conhecida por aproximar o mundo das viagens para todos aqueles que acreditavam que era algo muito distante. Com a assessoria, você consegue planejar a sua viagem com antecedência, com pagamento facilitado em cartão de crédito e boleto”, destaca.
Ecoturismo e bem-estar
Além dos destinos internacionais e praias famosas, está em alta também explorar as belezas regionais do estado, com opções de ecoturismo e passeios que permitem conhecer a rica diversidade natural e cultural. “Muitas pessoas não têm a percepção com relação a viajar, acreditam ainda que é coisa de rico, mas na verdade não. A Agência Pé na Montanha vem com esse propósito de unir as pessoas à natureza, unir as pessoas ao mundo das viagens, ao mundo das aventuras”, descreve Murilo de Lima, proprietário da agência com sede em Irati.
Ele destaca o potencial turístico da região e como o contato com estes locais pode proporcionar momentos de introspecção e superação. “O Paraná é muito rico no turismo, turismo rural, turismo de contemplação e também de aventura, que é o nosso objetivo também, trazer as pessoas a conhecerem a montanha, a conhecerem a si mesmo, enfrentando os desafios. Enfrentar uma montanha traz essa reflexão interna, que é você vencer os desafios, um espelho de si mesmo, que é você vencer as suas dores, vencer as suas mágoas, vencer as suas dificuldades. O topo, no ser humano, representa o êxtase de chegar onde a gente almeja chegar, onde a gente quer estar”, comenta Murilo.
Ele acredita que uma viagem, principalmente que envolva contato com a natureza, proporciona um bem-estar único e renova as energias. “O nosso objetivo também é conectar as pessoas, principalmente à natureza. Muitas vezes, as pessoas não têm esse discernimento, essa capacidade, essa vontade de ir para a natureza sem ser através de um canal de condução que seria a gente. Eu, como guia de turismo profissional, tenho essa percepção que viajar é o alimento da alma, a gente se sente mais jovem, se sente mais empoderado em toda essa questão de bem-estar que a viagem traz”, avalia.
Além de destinos regionais pelo Paraná, Murilo já levou grupos para a Chapada dos Veadeiros, e ao Jalapão. Ele também aborda uma preocupação comum entre os viajantes: a hesitação de viajar sozinho. “Não é coisa de rico, tanto é que a gente programa a viagem para as pessoas pagarem parcelado mês a mês. Muitas pessoas também têm algumas travas com relação a viajar sozinho, então a gente tem essa percepção de união, de agregar as pessoas e mostrar para elas que é importante também você conseguir viajar sozinho, porque você faz amizade com novas pessoas, você se engloba no novo mundo”, descreve.
Os brasileiros estão viajando mais
No ano passado, 20,4 milhões de brasileiros viajaram para destinos nacionais, contribuindo com a injeção de R$ 20 bilhões na economia do país. Os dados são do módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo. De acordo com o levantamento, 97% dos destinos escolhidos foram nacionais. O estudo mostra também que o número total de viagens teve um aumento de 71,5% ano passado.
A empresária, turismóloga e consultora em turismo, Estela Mara Rosa, diz observar na prática esse aumento não só no país, mas em todo o mundo. Ela atribui isso à crescente facilidade na aquisição de passagens e pacotes de viagens. “Vou contar o que vi e vivi nestas minhas mais recentes andanças. Na segunda quinzena de outubro, entre os dias 23 a 28 apanhei, em um curto espaço de tempo, cinco voos no território nacional. Vi aeroportos lotados, e esta constatação pessoal corrobora com as fontes oficiais de que o brasileiro tem viajado, e muito. E não só o brasileiro, em dezembro passado estive na Turquia, e em abril deste ano em Orlando e Miami (EUA), e o cenário foi o mesmo, aeroportos abarrotados de gente indo e vindo, e consequentemente aeronaves lotadas. Isso nos revela que as pessoas estão cada vez mais dispostas a explorar o mundo. A facilidade para planejar e adquirir viagens, aliada à curiosidade em conhecer lugares paradisíacos, misteriosos ou icônicos, povoa a imaginação de muitos viajantes entusiastas”, descreve Estela.
Estela concorda com Murilo de Lima, da agência Pé na Montanha, ao afirmar que muitas pessoas estão em busca de algo além do simples entretenimento; elas buscam experiências que promovam o autoconhecimento e uma compreensão mais profunda do mundo através de viagens. “É certo que o lazer se tornou fundamental em um mundo em que você raramente tem conseguido ‘desligar’, mas há uma parcela significativa de pessoas que buscam algo mais, mais que apenas lazer e entretenimento, buscam autoconhecimento e maior compreensão do mundo em que vivemos através de novas experiências”, afirma.
Ela cita até mesmo o ressurgimento de um termo que descreve o forte desejo de viajar e explorar novos lugares e culturas. “Ressurgiu até um termo medieval alemão: ‘wanderlust’ – o forte desejo de viajar e conhecer novos lugares e culturas. Mais que isso, este termo define melhor como ‘o sentimento que uma pessoa tem em se deslocar de lugar de maneira interessante’, e ele não somente se relaciona com o anseio de viajar, mas leva em consideração todas as sensações físicas e psicológicas que envolvem esta ação e as experiências que as acompanham. E por que será que quem começa a viajar não consegue mais parar? Acredito que a resposta está em uma frase de Albert Einstein: ‘A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original’. Afinal, viajar não é apenas sobre destinos, mas sobre descobertas que nos transformam, pois em cada viagem, acumulamos histórias, lembranças e vivências que carregamos para a vida”, conclui.
Ela acrescenta: "Ao longo desses 24 anos na IVT temos vivenciado a satisfação de guiar pessoas em jornadas transformadoras, onde cada experiência vai além de um simples destino. Saber que, de alguma forma, contribuímos para que o viajante não apenas realize seus sonhos, mas também amplie seus horizontes e se torne um ser humano melhor, é o que mais toca meu coração."
Cortando supérfluos e realizando sonhos
Idana Cristina Menon compartilha uma dica importante para quem deseja tirar uma viagem sonhada do papel, mas sem comprometer o orçamento: “A dica é você decidir que vai, ter alguém que te auxilie, te dê suporte. Veja que uma parcela de uma viagem em torno de 200 reais, você brincando, brincando, você gasta com coisas mais supérfluas. Então, se você tiver planejamento, controle, um destino, uma meta, ter alguém que te auxilie, vai embora”, avalia.
Guilherme Kiatkoski Feld, compartilha da mesma filosofia e, ao longo de suas viagens por diversos destinos nacionais, guarda com carinho memórias de locais como das ruínas Incas de Cusco, no Peru. Ele também acredita que é possível realizar sonhos de viagem com planejamento e pequenas economias. “Aproveitar promoções. Economizar em coisas de menor importância. A dica é: se aparecer a oportunidade, não desperdice! Ela pode não voltar. Com esses cuidados, realizaremos sonhos”, conclui.
Facilidades
Grande parte das agências de turismo oferecem possibilidades de parcelamento das viagens, além de assessoria aos clientes.
“O parcelamento em 15x sem juros, essa modalidade é muito bem aceita por nossos clientes. E não precisa estar quitada a viagem para realizar, então é possível parcelar e continuar pagando na volta”, explica Claudia Fagali, proprietária da agência FAG Viagens.
Segundo ela, sua empresa também auxilia quem nunca viajou de avião, ajudando com o check-in no aeroporto, esclarecendo dúvidas e recomendando os melhores passeios e dicas para o destino escolhido. Outra opção, são as viagens em grupos, saindo de Irati, acompanhadas por guia.
“Os campeões de venda são a dobradinha sol e mar, os destinos de praia sempre são os mais procurados, desde os resorts tudo incluso, até hotéis com padrão econômico”, descreve.
Cláudia sugere que, para quem deseja economizar e garantir as melhores tarifas, é ideal viajar entre os meses de março a maio e de agosto a novembro, períodos que correspondem à baixa temporada e oferecem descontos significativos de até 50%.
Lenon Diego Gauron