Verão contribui para aparecimento de escorpiões

Por Redação 3 min de leitura

O período normalmente quente e chuvoso do verão contribui para a proliferação de insetos. Mas a maior preocupação é com o aumento de animais peçonhentos nesta época do ano e, entre eles, o escorpião.

Em busca de abrigo e lugar seco, estes animais saem de seus esconderijos, e é exatamente neste momento que eles podem aparecer dentro das casas. Para evitar esta visita indesejável é recomendável vedar frestas, vãos, buracos e ralos e usar telas de proteção em todos os locais que possam servir de entrada para o escorpião. Use também protetores na parte inferior das portas de entrada da casa.

O quintal sempre limpo, sem lixo ou entulhos, e com a grama aparada também é importante para manter o perigo afastado.

Em Irati, há regiões da cidade que têm longo histórico da presença destes animais venenosos, entre eles o Bairro Alto da Glória. Mas os cuidados devem ser redobrados em quaisquer outras regiões onde já houve registros da presença destes aracnídeos, pois a picada, além de extremamente dolorosa, pode ser altamente perigosa, ainda mais se a vítima for criança ou pessoa idosa.

Em 2017, 27 animais foram enviados para análise

Independente de alguém ser vítima de uma picada destes animais, é muito importante que, sempre que algum deles for encontrado, seja capturado com cuidado e encaminhado ao setor de endemias da Secretaria de Saúde de Irati.

Em caso de acidente com o escorpião, levar o animal irá auxiliar a determinar a vacina correta que a vítima deverá receber. O encaminhamento dos animais também irá auxiliar na realização de um diagnóstico da situação no município e qual espécie está prevalecendo.

Reginaldo Strozienski, que desde o ano passado é coordenador municipal de Endemias, relata que “em 2017 foram enviados para o Labtax (Laboratório de Taxonomia de Curitiba) 27 escorpiões para análise, dois quais 26 da espécie TityusBahiensis, também conhecido por escorpião marrom ou preto, e que é o mais comum, e um da espécie TityusCostatus, que tem manchas marrons e amarelas ”. O tamanho do animal oscila bastante, mas geralmente as espécies encontradas aqui ficam entre dois e dez centímetros.

O profissional comenta que, destes animais, 11 foram trazidos pelos próprios moradores, e outros 16 foram coletados pelos agentes de endemias. “Neste ano foi enviado apenas um escorpião da espécie TityusBahiensis, que foi trazido pelo morador”, acrescenta.

O agente contesta pessoas que dizem que há uma infestação em Irati. “Temos alta incidência. Em 2017 foram apenas dez atendimentos de picadas por escorpião aqui. E, em 10 anos, de 2007 a 2017, somamos 82 ocorrências, o que está longe de representar uma infestação”, esclarece.

“Há uma grande preocupação com escorpiões, o que é natural, mas a picada da aranha marrom ou da armadeira são bem mais perigosas que a destes escorpiões que há aqui”, complementa.

O agente Reginaldo e mais dois agentes municipais de endemias passaram por capacitação sobre animais peçonhentos promovida pela 4ª Regional de Saúde, e ministrada pela equipe do Labtax.

Apesar das espécies encontradas em Irati não serem consideradas potencialmente letais, é fundamental que qualquer pessoa picada por escorpião pr