Trotes para Polícia Militar diminuem 28% na região
De mais de 20 mil registros em 2017, número total caiu para 14 mil em 2018. Mesmo com diminuição, 8ª Companhia Independente da Polícia Militar ainda registramais de 1.200 trotes por mês
Os trotes telefônicos para a Polícia Militar diminuíram 28% na região no ano passado. Das mais 20 mil ocorrências registradas em 2017, o número baixou para cerca de 14 mil ocorrências em 2018, o que ainda é um número elevado de trotes.
Segundo o comandante da 8ª Companhia Independente da Polícia Militar (8ª CIPM), major Heraldo Correia de Lima, a explicação para a baixa está na conscientização e no trabalho que vem sendo realizado nas escolas. “A Polícia Militar tem procurado essa conscientização através de outros programas, colégios, outras mais”, disse.
De acordo com os números divulgados pela 8ª CIPM, os meses que mais tiveram registros coincidem com o retorno às aulas.
Em 2017, março e abril foram os meses com mais ocorrências, sendo que março registrou um recorde em comparação aos últimos dois anos: 2.151 ocorrências registradas. A média anual de registros foi de 1.685 ocorrências por mês, o que equivale a cerca de 56 trotes por dia.
Já em 2018, os meses com mais ocorrências foram agosto e setembro, sendo que setembro foi o mês com mais registros: 1.534 ocorrências. A média anual de ocorrências foi 1.212 registros por mês, o que equivale a uma média de 40 trotes por dia.
Neste ano, os registros iniciaram menores do que o ano passado, com diminuição de 18% em janeiro e 10% em fevereiro, comparado a 2018. No entanto, março registrou um aumento de 19%, fechando o mês com registro de 1.262 ocorrências, algo que pode equivaler a 42 trotes a cada dia.
Prejuízo
O comandante explica que o registro destes números é feito pelos policiais que atuam no setor administrativo. “Os atendentes têm uma sequência de perguntas e de experiência para verificar se são trotes ou não”, relata. Ao identificar como trote, o atendente faz o registro que é incluído nas estatísticas da Polícia Militar.
No entanto, há situações em que o policial não consegue identificar como trote, e a chamada feita pelo 190 acaba sendo atendida como uma ocorrência normal, em que uma viatura é deslocada até o local indicado. “Não identificando, ou tendo qualquer dúvida nesta questão, evidentemente aquele acionamento seja trote ou não, a viatura irá se deslocar até a ocorrência”, comenta o major Heraldo. Caso não exista o fato informado através do 190, segundo o comandante da 8ª CIPM, pode ser aberto “um boletim com um falso comunicado, um trote e elaborar as questões decorrentes”.
Ele destaca que a Polícia Militar encara qualquer chamado pelos telefones de emergência como ocorrência real. Por isso, trotes prejudicam o atendimento para a população. “Esse atendimento despende de energia da Polícia Militar, de tempo e de diversas outras questões que envolvem a questão de policiamento e patrulhamento da rua, a presença policial na rua também efetivamente se direciona para esse atendimento que muitas vezes é um atendimento que não surte efeito desejado”, explica.
O comandante reitera que os trotes devem ser evitados e que é preciso que a população use os números de emergência para o que é necessário. “Os acionamentos da Polícia Militar precisam ser levados a sério efetivamente porque as pessoas acionam a Polícia Militar quando r

