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Três candidatos a prefeito de Inácio Martins apresentam suas propostas em debate

24/09/2024

Três candidatos a prefeito de Inácio Martins apresentam suas propostas em debate

Três candidatos a prefeito de Inácio Martins apresentam suas propostas em debate

Na noite de quarta-feira (18), a Rádio Najuá e o jornal Hoje Centro Sul promoveram um debate entre os candidatos a prefeito de Inácio Martins. Estiveram presentes no debate os candidatos Kleber Erivelton Fernandes (Novo), Marino Kutianski (PSDB) e o Professor Élcio Wszolek (PT). Os candidatos Edmundo Vier - Dimas (PSD) e Jorge Ferreira de Almeida - Jorge Boeira (PL) encaminharam notas justificando as ausências em função de outros compromissos.

 

Confira como foi o debate:

Por ordem de sorteio, Élcio perguntou a Kleber sobre o tema cooperativismo.

Kleber - “Você tem conhecimento da minha participação no sistema associativismo das associações comerciais. Dentro desse período, nós conhecemos diversas regiões em que o cooperativismo está por trás do desenvolvimento, inclusive da região Oeste do Paraná. Perto de nós, Irati, Guarapuava, temos cooperativas e isso impulsiona a economia dos municípios. Inácio Martins em 63 anos de história não tem uma só cooperativa. São organizações que trabalham em comum acordo, que se unem para desenvolver o município. Grupos de pessoas que trabalham no mesmo segmento, com os mesmos produtos ou serviços, se unem para trabalhar juntas. E Inácio Martins nunca teve uma iniciativa do poder público e nem um incentivo para que o município tivesse as cooperativas. Seja as cooperativas agrícolas, pecuárias, de fruticultura, de produção de erva-mate – que Inácio Martins é uma das cidades que mais produz erva-mate e até hoje não tem uma cooperativa, tampouco a certificação de qualidade da erva-mate e precisa vender para outros municípios. Então, mel, mate leitaria, produção de ovos, produção de carnes, legumes, verduras, são diversos os tipos de cooperativas que poderíamos ter Inácio Martins e contribuir com o desenvolvimento, porque isso faz com que o jovem não saia do campo, permaneça nas suas propriedades, nas propriedades da família, gere renda. E o agricultor consome na cidade. Consumindo na cidade, gera mais renda, gerando mais renda, gera mais empregos e o município se desenvolve.”

 

Marino perguntou a Élcio como ele fará a escolha do próximo secretário de Educação.

Élcio – “Consta no nosso plano de governo uma inovação na escolha da Secretaria de Educação. A gente vai fazer a escolha a partir de uma votação, de uma eleição entre a própria categoria. Nós escolheremos, elencaremos alguns nomes, quatro, cinco nomes, não sabemos ao certo, e a partir daí a própria categoria vai fazer esta escolha. Esta é uma experiência que a gente vai iniciar com a educação. Posteriormente, talvez seja uma experiência importante para a escolha de próximas secretarias.”

 

Kléber questionou Marino sobre orçamento. 

Marino - “Nós precisamos ter o equilíbrio do investimento. Nós temos que ter a igualdade, tanto na área urbana, quanto na área rural. Nós vamos colocar pessoas certas, na secretaria certa, nos cargos certos. E com isso a gente vai estar lá para fazer uma boa administração.

Hoje, no cenário político, a gente precisa muito do poder do Estado Paraná, do poder do Governo Federal, onde a gente vai buscar incansavelmente recursos, tanto do Governo Estado, tanto do Governo Federal. Porque nós sabemos o quanto é importante para que o nosso município possa desenvolver a cada vez mais. Lembrando que hoje todas as secretarias são muito importantes para a nossa administração.

E o prefeito, ele não é prefeito sozinho do município. Se ele escolheu os seus secretários, com certeza ele vai ter que dar autonomia para que a gestão seja eficiente, com muita dedicação e que leve o serviço público que precisa chegar nas pessoas que mais precisam.

Isso é um lema da nossa campanha. A gente precisa levar o serviço público para aquelas pessoas que estão mais longe do centro, é na saúde, é numa estrada rural, é na educação, nos projetos de alternativa de renda.”

 

Segundo bloco

As perguntas foram feitas pela organização do debate, por ordem de sorteio. A primeira pergunta foi sobre incentivo do Poder Público à iniciativa privada para explorar o turismo.

Élcio - “Inácio Martins, não é novidade que tem um potencial turístico muito grande. A cidade tem a sede no ponto mais alto do Paraná, é uma região fria, e mais de 50% do nosso território pertence à APA da Serra da Esperança. Em Inácio Martins, ainda há mata nativa. E todas essas características dão a nós a possibilidade do desenvolvimento do ecoturismo, do turismo como um todo.

No entanto, é de fundamental importância que o poder público incentive, dê subsídios. Nós temos em Inácio Martins algumas iniciativas que estão sendo bastante prósperas, porém, são iniciativas isoladas. Por quê? Porque estão acontecendo a partir do indivíduo que, por conta própria, com praticamente incentivo nenhum, começa o seu empreendimento.

A gente sabe de casos que os empreendedores do ecoturismo enfrentam dificuldades até mesmo com a questão de estrada. Eles não recebem assistência mínima. O poder público precisa, sim, incentivar essas pessoas, esses empreendedores, e dar subsídios para que, de fato, Inácio aproveite esse potencial. E Inácio Martins, dessa forma, promoverá o seu desenvolvimento sustentável. Nós precisamos usar a nossa natureza em benefício econômico. Costuma muito se dizer que Inácio Martins é prejudicado porque tem que proteger. Não, o poder público não investe. Nós podemos, sim, preservar as nossas matas nativas e, ao mesmo tempo, tornar Inácio Martins um município bastante próspero.”

Réplica Kleber - “Eu acredito que não basta ter título de ‘Cidade mais alta do Paraná’, uma das mais frias, cidade que preserva, ‘Capital Paranaense do Pinhão’. Precisa investir em turismo. Precisa cuidar da nossa cidade, que hoje é uma cidade suja, mal cuidada. Que, no momento, não tem lixeiras, não tem um parque, praças no município. Mas é preciso, também, investir na construção de parques municipais, nessas áreas de preservação ambiental, nessas áreas de cachoeiras, rios, para aí, sim, chamar o turismo pra nossa cidade. De que forma? Realizando eventos esportivos, ações culturais, eventos culturais. Apoiando a iniciativa privada –  restaurantes, hospedagem, panificadoras, café, todos os empreendimentos na área de turismo.”

 

O segundo questionamento foi sobre a exploração do pinhão para a geração de renda.

Marino - “Eu quero parabenizar a atual gestão pela iniciativa da agroindústria do pinhão. Focar numa agroindústria é muito importante e, no nosso plano de governo, não é só a agroindústria do pinhão que está no papel. Nós vamos ter várias agroindústrias. Hoje, o nosso município de Inácio Martins é muito latifúndio. Infelizmente, as nossas terras estão na mão de meia dúzia de grandes empresas. Onde está o pinhão de Inácio Martins? Está na mão das grandes. Se é um projeto de uma agroindústria para fomentar o pequeno produtor, nós temos sim alternativa. Nós vamos criar um projeto onde nós vamos incentivar o pequeno produtor no plantio do pinheiro. Através da Embrapa, hoje você pode fazer a clonagem do pinheiro, onde esse pinheiro, com oito anos de idade vai começar a produzir. Eu digo para vocês que é muito importante a agroindústria do pinhão. Mas nós, o poder público, nós precisamos dar um incentivo. Se é direcionado ao pequeno produtor, o pequeno produtor tem muito pouco pinhão em cima das suas terras. Nós precisamos não só incentivar, mas nós precisamos também preservar o que nós temos.”

Réplica Élcio

“Eu concordo que a agroindústria do pinhão é uma iniciativa importante, sim. Porém, essa é uma iniciativa isolada. Inácio precisa e pode muito mais. Nós precisamos trazer agroindústrias dos diversos ramos. Vale lembrar que Inácio Martins ainda não tem o serviço de inspeção municipal. Caso o pequeno agricultor, o pequeno empreendedor queira produzir algum derivado de animal, queijo, leite, mel, enfim, qualquer derivado de animal, ele não consegue colocar essa produção em Inácio Martins hoje. Por quê? Porque o Poder Executivo, até hoje, não teve a iniciativa de criar o serviço de inspeção municipal.”

 

Kleber respondeu sobre o apoio do Poder Público aos atletas do município.

Kleber - “Quando eu falo em desenvolvimento social e humano, que tem que ser paralelo com o desenvolvimento da economia do município, é trabalhar o esporte e trabalhar a cultura.

Quando uma pessoa está envolvida com a prática esportiva, ela reduz a utilização do serviço de saúde, ela tem mais saúde e mais qualidade de vida. Também leva o nome do município para outras regiões, para outros estados e até mesmo para o Brasil ou fora dele. Nossa administração vai trabalhar incansavelmente para desenvolver o esporte em Inácio Martins. [...] É preciso investir em infraestrutura para atender a área esportiva. Mas também é preciso investir em profissionais de todas as modalidades esportivas para que todos tenham opção de esporte no nosso município. É preciso também criar a Bolsa Atleta para formar profissionais na área do esporte. Nós acreditamos que o esporte precisa ter uma atenção especial. Nós temos exemplos disso na área do jiu-jitsu, do futsal, do vôlei e de outras modalidades que representam o Inácio Martins quase que semanalmente em competições regionais, estaduais e nacionais e trazem medalhas, troféus para o município, levando o nome. E o que tem no município atualmente é apenas uma van que transporta até outras cidades. Não tem nenhum outro tipo de incentivo, não tem uma bolsa. Muitas vezes esse atleta vai competir e não tem nenhum recurso para pagar a alimentação ou a hospedagem. . Outro ponto importante também, quando trabalha o esporte, trabalha a cultura, tira essa criança, esse adolescente, esse jovem da rua. Tira ele da criminalidade, de drogas, bebidas e outros vícios e faz com que ele se sinta ocupado, além do período da aula, mas também com o esporte e com a cultura.”

Réplica Marino - “Eu digo que um passo muito importante que nós damos nessa gestão nossa, da Câmara de Vereadores, foi onde a gente criou a nossa Secretaria de Esportes. Através da Secretaria de Esportes, nós podemos muito fazer pelo jiu-jitsu, fazer pelo futsal, pelo futebol de campo, em todos os esportes no nosso município, inclusive o tradicionalismo, que hoje é o rodeio, o laço comprido.”

 

Terceiro bloco

No terceiro bloco as perguntas foram de candidato para candidato. Kleber questionou Élcio sobre o IDEB e a melhoria da Educação.

Élcio - “Eu entendo que a qualidade da educação não pode ser medida apenas a partir do IDEB. O IDEB é importante? É. Para mim, uma educação de qualidade é aquela educação viva. Aquela educação que tem o português, a matemática, a arte, que tem a vida. A gente pode discutir muito sobre a questão do que melhorar na educação. Eu vou elencar alguns pontos: Penso, primeiro, a valorização profissional. Os educadores de Inácio Martins precisam ser valorizados ao ponto de não precisarem mais fazer greve para ter o seu PSPN garantido. E precisamos pagar o PSPN dos nossos educadores de uma forma que não haja achatamento na tabela, em todos os níveis e categorias. Isso é fundamental, isso é primordial. Precisamos organizar o nosso orçamento para que possamos dar essa garantia. Precisamos valorizar a formação continuada dos nossos educadores. Precisamos investir no ensino integral. A gente tem uma experiência, a escola Nossa Senhora Aparecida, localizada no Santa Rita, onde iniciou a educação integral. Nós precisamos valorizar, tornar aquele espaço como um laboratório, para que possamos, além de ampliar aquela escola, levar essa experiência para outras. Nós precisamos tratar a questão das salas multisseriadas. Mas, em contrapartida, nós precisamos garantir também as escolas do campo.

Na escola localizada no assentamento José Dias, algum tempo atrás, usando-se do argumento de que não se podia ter turmas multisseriadas, eles fecharam duas turmas daquela escola. E só não fecharam a escola toda, porque houve um movimento da comunidade. Nós precisamos, sim, diminuir as turmas multisseriadas, mas precisamos também dar a garantia de que a educação no campo, a educação que tem as suas especificidades, como uma escola de assentamento, uma escola indígena, aconteça lá.”

 

Réplica Kebler - “Acredito que é preciso valorizar nossos profissionais, garantir seus ajustes e correções salariais. É preciso capacitá-los constantemente. É preciso trabalhar a implantação da educação integral, mas não apenas para atender uma necessidade, uma obrigação, mas fazer com que o aluno tenha prazer de estar na escola, garantindo que, não só da área urbana, mas rural, todos tenham acesso à educação integral, com a inclusão de ensino de idiomas, de informática, robótica, música e esporte. Mas também que o aluno possa se alimentar na escola, já que nós temos um problema de vulnerabilidade social. Fazer todas as refeições, cuidar dos dentes na hora dos intervalos, ter acesso à cultura, ao esporte.”

 

Élcio perguntou a Marino sobre o progresso na área de Saúde no município.

Marino - “Nós temos visitado as comunidades, visitado as famílias. De cada 10 pessoas que você conversa, as 10, elas vão tocar numa reclamação na área de saúde. A nossa proposta, do nosso plano de governo, é a descentralização da saúde. Nós vamos levar a saúde, levar o nosso serviço público mais próximo da população. Nós temos comunidade no nosso município, que está a 45 quilômetros do centro.

Quando a pessoa precisa ir fazer uma consulta na sua unidade de referência, ela vai precisar fazer um agendamento, tanto na unidade, como se vai precisar de um atendimento na área urbana também. Isso aí precisa acabar. O agendamento tem que ficar limitado em uns 30%, mas 70% ele tem que ser resolvido dentro da unidade, ou dentro do pronto atendimento. Como que nós vamos resolver essa questão? Nós precisamos de mais equipe. Nós precisamos de mais profissionais médicos, mais profissionais na área de odontologia. A pior da reclamação de todos, se chama a falta do medicamento básico. A pessoa vai fazer a sua consulta, vai levar o seu filho, a sua filha, para fazer uma consulta. Chega lá, ela não tem o atendimento necessário, principalmente com a entrega do seu medicamento, tanto necessário, como um controlado. O que nós precisamos avançar muito na área de saúde.”

Réplica Élcio - “A gente tem visitado as comunidades do interior e, de fato, o que a gente ouve, o que a gente vê, são reclamações. As unidades básicas de saúde do interior abandonadas, precisando de reformas e muito argumento esfarrapado para que essas reformas não aconteçam. Nas unidades básicas de saúde do interior, não tem técnico de enfermagem todos os dias. Um agente comunitário de saúde é obrigado a visitar 4, 5 comunidades. Como fazer isso em um mês? Aí, eu pergunto, é esse progresso que tem que continuar?”

 

Marino questionou Kleber sobre o plano de cargos dos servidores municipais.

Kleber - “Hoje, o orçamento é comprometido por praticamente R$ 2 milhões por mês com a folha de pagamento. Precisamos, sim, valorizar o nosso servidor público, cumprir com o que diz a lei e os direitos adquiridos. Mas precisamos ser justos, porque tem muitos profissionais que atuam de forma competente, seja na área da limpeza, na área do transporte, na sala de aula, no atendimento em saúde, mas não são valorizados. São valorizados apenas aqueles que têm conchavos políticos, trabalham no período eleitoral e que estão na administração e não querem sair de jeito nenhum.

Não pode ter essa desigualdade de um servidor que tem ensino superior ganhar 3 ou 4 mil reais e aí ter outro que ganha R$ 18 mil. Será que é justo com a população de Inácio Martins, que paga seus impostos e a prefeitura tem altos salários que passam de R$ 20 mil? Mas, ao mesmo tempo, tem serviço público que não é eficiente, falta remédio nas unidades de saúde, falta médico, falta atendimento odontológico, tem problemas de estradas, não tem geração de emprego, não é investido em diversas áreas, mas o orçamento está comprometido com quase a metade, uma boa parte do orçamento anual com folha de pagamento. É claro, precisamos cuidar do nosso servidor público, precisamos valorizá-lo [...], mas também cobrar eficiência, cobrar organização de todos os setores da administração pública.”

Réplica Marino - “Nós vamos fazer uma revisão desse plano de cargos, nós vamos acabar com o super salário. O nosso compromisso com a igualdade e o respeito por todo, o nosso lema já diz tudo. Nós vamos fazer uma revisão desse plano e vamos dar igualdade, porque nós temos servidor que avança na sua carreira, mas não recebe um avanço do salário, enquanto a minoria está ganhando super salários. Inclusive vem uma determinação do próprio tribunal, que tinha servidor que estava ganhando mais de 30 mil reais por mês, quando o tribunal mandou cortar esses privilégios.”

 

Quarto bloco

No quarto bloco as perguntas foram feitas de candidato para candidato, mas com temas definidos pela organização do debate. Élcio questionou Kleber sobre o combate à violência contra a mulher.

Kleber - “Professor Élcio, você acompanha, já há alguns anos, o trabalho que a gente tem feito pelo Conselho de Segurança de Inácio Martins no que diz respeito à redução de índices de violência e, principalmente, de incentivar a mulher a pedir ajuda, buscar as autoridades e denunciar qualquer tipo de agressão. Porém, o município faz muito pouco no que diz respeito à prevenção.

Claro, precisamos prevenir, fazer com que, desde crianças e adolescentes, saibam a importância de buscar ajuda. Porque, como eu sempre falo, o último capítulo da novela de uma violência é a morte. E o Poder Público tem a obrigação de mudar esse cenário. Infelizmente, Inácio Martins tem muitos casos de violência, seja contra mulher, contra crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência. Porém, nós precisamos prevenir, mas também ter um trabalho do CREAS mais eficiente de acompanhamento dessas mulheres que são vítimas e que procuram ajuda. É preciso também investir em uma casa, na construção de um espaço para receber essas mulheres que foram vítimas de qualquer um dos tipos de violência doméstica e violência contra a mulher.

E nosso compromisso é buscar recursos para a construção desse ambiente, um ambiente seguro, mas que vá além, que essa mulher tenha a oportunidade de trabalhar, ter a sua própria renda e não ficar restrita e dependente da questão financeira do esposo. Nós precisamos trabalhar a conscientização, mas dar também um suporte para que todas as mulheres que são tiradas do ambiente de violência doméstica tenham um apoio do Poder Público e não é o que acontece. Visualizei muitas situações de que as mulheres tiradas do ambiente de violência por uma medida judicial junto com os filhos vão parar na Casa Lar, que não é lugar para receber mulher vítima de violência que não tem nenhum tipo de segurança. Lá é para pessoas que estão de passagem pelo município.”

Réplica Élcio - “Nossos planos nesse aspecto também se comunicam. A gente entende que essa questão deve ser trabalhada em várias vias, como você destacou. Precisamos fortalecer a rede de proteção, precisamos trabalhar com o processo de conscientização, de formação, e essa formação atuando na família toda, precisamos fortalecer os canais de denúncia e, por coincidência, no nosso plano também está previsto a criação de uma casa de apoio para mulheres vítimas de violência. Essa casa de apoio deve ser um espaço temporário, porque o local dela ficar é na casa dela. Quem tem que sair é o agressor.”

 

Kleber questionou Marino sobre o tema sobre a manutenção das estradas rurais.

Marino - “No nosso mandato, que nós tivemos no final de 2013 até o final de 2016, que foram 3 anos e um pouquinho, nós enfrentamos a pior época de uma administração, onde é de conhecimento de todos que na época de 2014 tiveram as fortes chuvas em toda a nossa região e o nosso município foi um dos que mais foram afetados. Ficou uma ponte no nosso município, foram mais de 30 embora. Foram vários desmoronamentos, vários bueiros que foram embora, além da estrutura das estradas. Eu digo para você que nós fizemos um trabalho recorde e recuperamos todas as estradas, inclusive com pontes de concreto. Nós deixamos finalizado mais de 16 pontes de concreto no nosso município. Ainda falta uma ou duas, mas nós vamos construir.

Sobre a questão das estradas, tem que fazer um trabalho de prevenção. A vida útil de uma estrada rural, de uma estrada geral ou de uma estrada vicinal, é a abertura de esgoto. E hoje eu falo para você o seguinte, o nosso município, infelizmente, está fazendo um trabalho que está jogando dinheiro público fora. Simplesmente um patrolamento. A gente vai fazer um trabalho com bom material. Até tem um plano do governo, de um candidato lá, que fala em britagem nas estradas. Não é implantar. Esse plano eu implantei em 2014 com a compra de um britador móvel, onde a gente colocava material de qualidade nas estradas rurais do nosso município.”

 

Réplica Kleber - “Concordo que é preciso ser feito um serviço de qualidade. É preciso dividir as nossas equipes de obras em duas, para atender as duas regiões do nosso município. Para não ser desproporcional esse serviço realizado nas estradas rurais. Mas é preciso fazer um serviço de qualidade. Muitas vezes, como o senhor falou, é apenas um patrolamento, ou em quase todas as situações. Também é preciso fazer as galerias para escoamento da água pluvial, das chuvas. Geralmente, se coloca um cascalho ali, não são feitas as galerias, a chuva vem e leva. O trabalho precisa ser eficiente e precisa ser justo com todas as regiões.”

 

Marino questionou Élcio sobre o tema ampliação da rede de água e esgoto no município.

Élcio - “A expansão da rede de esgoto deve ser pensada junto também com a questão da ampliação da pavimentação asfáltica e também com as galerias de água. Inácio Martins, apesar de termos ampliado a pavimentação asfáltica, a gente vê que enfrenta um grande problema em relação à ampliação da rede de esgoto. A gente teve a ampliação, por exemplo, da rede asfáltica na Vila Javaski, mas o problema da rede de esgoto continuou ali. A gente tem um problema de águas pluviais na Rua Barão de Capanema, que é bastante antigo. E nós, vereadores, durante os quatro anos, cobramos do Poder Executivo que a cada chuva forte inundava três, quatro, cinco casas. O pessoal perdia tudo. E até agora, muito pouco se fez ali. Precisamos melhorar essa questão. Então, nós precisamos expandir a pavimentação asfáltica juntamente com a expansão da rede de esgoto. E falando em pavimentação asfáltica, a gente tinha um projeto, foi aprovado um recurso em 2020 para a pavimentação asfáltica que, a princípio, abrangeria o bairro Curtume, abrangeria também o bairro Nossa Senhora de Fátima. Mas até agora nós não temos nem pavimentação asfáltica, nem rede de esgoto, só estamos na poeira. No nosso mandato, nós vamos resolver esse problema. Vamos expandir a pavimentação asfáltica, vamos resolver a questão do Curtume, vamos resolver a situação do bairro Nossa Senhora de Fátima e vamos também colocar rede de esgoto.”

Réplica Marino - “O senhor falou sobre a questão até do programa FINISA. Esse programa foi uma capacidade de endividamento que o município fez na antiga gestão ainda, que foi do prefeito Benato mesmo. Eu digo que esse recurso não chegou no bairro Curtume e ele estava dentro do projeto. Não chegou no bairro Nossa Senhora das Graças, que estava dentro do projeto. Então, é de suma importância, eu fiz um requerimento para pedir informações aonde foi parado esse recurso do programa, que era 10 milhões de reais.”

 

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