“Tem muita gente em Brasília que não me quer lá”, diz candidato a senador Sergio Moro, em Irati

Por Redação 3 min de leitura

O candidato visitou Irati nesta semana e esteve na sede do jornal Hoje Centro Sul. Durante a entrevista, comentou suas trajetórias na magistratura e no Ministério da Justiça, além de falar sobre o que o motivou disputar as eleições

O candidato a senador Sergio Moro esteve em Irati na última quarta-feira (17). O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça cumpriu agenda na Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai), visitou o prefeito Jorge Derbli e esteve na sede de emissoras de rádio e de jornais para conceder entrevistas.

No período da tarde, Moro foi recebido no jornal Hoje Centro Sul pelo diretor geral Ciro Ivatiuk e pela diretora de jornalismo Letícia Torres. Na ocasião, ele falou sobre sua trajetória na magistratura, a Operação Lava Jato, o trabalho que desempenhou para a redução da criminalidade enquanto ocupou o cargo de ministro do governo Bolsonaro e citou algumas de suas pretensões ao ingressar na carreira política.

“Político nunca pensei [em ser], a vida me levou para este caminho, a gente não pode deixar as bandeiras que defendemos caírem e hoje estamos vendo estas bandeiras serem deixadas de lado, o que é muito triste”, afirmou o candidato.

Caso seja eleito para ocupar a única vaga do Paraná no Senado nas Eleições 2022, ele acredita que não será uma atuação fácil, assim como outros papéis que já desempenhou. “O pessoal me diz muito: ‘É impossível fazer isso’. Era impossível combater a corrupção, a gente combateu. Era impossível combater o crime organizado e reduzir os crimes violentos, fizemos isso. Então vai ser difícil lá no Congresso? Eu tenho certeza que não vai ser fácil, até porque tem muita gente em Brasília que não me quer lá”, afirma. 

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Moro tem divergências com grupos da esquerda, sobretudo por ter conduzido a investigação que culminou com a prisão do ex-presidente Lula, e rusgas com a extrema direita, por ter deixado de fazer parte do governo Bolsonaro.

Questionado sobre a necessidade de coalizão que o cargo de senador requer, ele enfatizou que “política é a arte do diálogo” e que foi o ministro que “mais recebeu parlamentares no primeiro semestre de 2019”, período em que, segundo Moro, houve a aprovação de “medidas legislativas importantes”. Com isso, ele deixa nas entrelinhas que  está apto ao debate político.

“Agora se eu for honrado com esta posição no Senado, qual que é a minha visão? O Paraná precisa lá de uma voz independente, de uma voz forte. Tem muita gente boa na política, mas tem muita gente ruim, tem muita gente que se vende por verba e por cargo, não é o meu caso, acho que já provei isso”, diz Moro.

O candidato cita que o Senado tem que discutir a Reforma Tributária, a Reforma Administrativa e projetos para destravar o desenvolvimento da economia. Aspectos também citados pelos demais candidatos.

Inquerido quanto ao que o diferencia