11/08/2021
Cada vez mais os padrões tradicionais rígidos de família têm se mostrado frágeis diante das diversidades. Sejam elas de opinião, gênero, tempo, interesse, condição socioeconômica. É inadmissível diante das diferenças querer impor que as famílias tenham que se manter da mesma forma que eram em séculos anteriores.
A mulher evoluiu, assumiu sua autonomia, aprendeu a explorar suas múltiplas habilidades e competências, tão úteis no mercado de trabalho, na evolução das relações sociais. O homem também evolui, aprendeu a assumir algumas fragilidades, a equilibrar aspectos rudes da masculinidade e a buscar novas possibilidades de atuação antes atribuídas apenas às mulheres.
Nestas tentativas de redescoberta dos traços de humanidade comuns, independente de gênero, elas não perderam a feminilidade e eles não perderam a masculinidade. Entretanto os ganhos na cooperação entre homens e mulheres no dia a dia são muitos e afetam positivamente as famílias.
Exemplo disso é a família Bermudes, que aceitou o convite do jornal para contar a sua história neste Dia dos Pais. O casal rejeita padrões e rótulos, sem se importar com certo preconceito que ainda existe, para buscar o bem-estar da família. Ele cuida do filho de dois anos em tempo integral enquanto ela retomou as atividades profissionais após a licença maternidade. A noite ela reassume a atenção ao filho, enquanto ele se dedica aos estudos.
Isso é certo? É errado? Não há certo e errado quanto as famílias chegam a um consenso sobre a divisão das tarefas do lar, nas quais se incluem o cuidado com os filhos. A felicidade de ser o que se quer ser é maior do que padrões e rótulos. Isso vale tanto as mulheres, para os homens, para aqueles que se autodenominam como de outros gêneros ou os que não se identificam com gêneros.