Segurança pública do Paraná conta com o talento e a dedicação de 4,5 mil mulheres

Por Redação 3 min de leitura

As forças de segurança do Paraná têm 4.519 mulheres na ativa. Elas estão distribuídas entre as polícias Civil, Militar, Científica, Penal e o Corpo de Bombeiros, e desempenham inúmeros papéis, da base à chefia, das ruas às unidades penitenciárias, das apurações de crimes até os tribunais. Para elas, o que eram “profissões dos homens” viraram apenas profissões.

Na Polícia Civil do Paraná (PCPR) são 1.078 mulheres nas delegacias de todo o Estado, inclusive em posições de liderança. Um dos exemplos é a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Curitiba (DHPP), que é chefiada por uma mulher, a delegada Camila Cecconello, desde 2019. Ela ingressou no quadro da instituição em 2009.

O efetivo é de 71 investigadores, sendo 34 mulheres. Além disso, contando Camila Cecconello, são cinco delegadas de um total de oito. Para ela, que é titular de grandes casos criminais na Capital e atua diariamente em investigações de múltiplas dificuldades, isso representa um avanço em relação a um passado muito recente.

“Quando entrei, em 2009, eu percebia que havia uma desconfiança em relação às mulheres em cargos como este. Porém, isso mudou. A PCPR foi se tornando cada vez mais técnica e inclusiva e hoje vemos que a escolha dos cargos é baseada apenas em critérios técnicos e de perfil profissional”, disse.

Como delegada-chefe da unidade, ela defende que mais postos de liderança sejam abertos para as mulheres. “Isso é um incentivo para que outras mulheres lutem pelos seus espaços, se sintam incluídas, sintam que são aptas e que são merecedoras de trabalhar no lugar que quiserem, alcançando tudo aquilo que desejam”, afirmou.

A Polícia Militar do Paraná (PMPR) tem hoje o maior efetivo de mulheres dentre as cinco forças de segurança do Estado. São 2.725 policiais realizando policiamento ostensivo nas ruas, organizando e cumprindo operações, deliberando funções administrativas e participando de atividades de formação de novos praças.

A tenente Elaine Pereira Melere é uma delas. Ingressou na corporação em 2011, com apenas 18 anos, e já possui um extenso currículo de cursos internacionais e de atuação humanitária. Hoje, ocupa a chefia do Departamento de Formação e Aperfeiçoamento na Diretoria de Ensino e Pesquisa da PMPR.

Para ela, as mulheres são essenciais na segurança pública, inclusive para lidar com novas modalidades que foram sendo legalmente tipificadas nos últimos anos, como o feminicídio (a lei é de 2015) ou a violência doméstica (lei de 2006).

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A própria Secretaria de Segurança Pública passou a incorporar novas modalidades de proteção, como o Botão do Pânico, as Delegacias da Mulher e as Patrulhas Maria da Penha.

“Com a presença feminina no combate a crimes cometidos por mulheres e a crimes contra mulheres e crianças é possível ter uma intervenção mais ampla