Retorno gradativo das aulas presenciais tem início e deixa pais e alunos mais esperançosos
A maioria das cidades da região da Amcespar está retomando as aulas presenciais na rede municipal de ensino, o que traz diferentes sentimentos entre os pais, que relatam como tem sido a experiência
Letícia e Mateus são alunos do 5º ano, estão matriculados na rede municipal de ensino de Irati e puderam retomar a rotina de ir para a escola na última segunda-feira (19), depois de um ano e quatro meses afastados das salas de aula devido à pandemia da Covid-19. Eles integram o grupo de 30% dos alunos iratienses autorizados pelos pais a participarem das aulas presenciais.
Lucimara Taiok decidiu que o filho Mateus retornasse às aulas presenciais porque acredita que em casa ele aprendeu muito pouco e que a atual situação da pandemia permite que as coisas voltem a acontecer aos poucos. “Quando estava no pico da pandemia eu não iria deixar meu filho voltar para a escola, mas acho que agora é o momento certo, porque a vida precisa continuar. Mesmo eles não indo para escola, a gente trabalha no comércio, e corre o risco de se contaminar, e as crianças precisam voltar a aprender”, explica Lucimara.
A mãe de Letícia, Lucilda Mattos, acredita é normal os pais terem medo de autorizar os filhos a voltarem para a escola, mas também pensa que as crianças precisam voltar a ter interação social, pois isso faz parte do desenvolvimento delas. “Os pais terão dificuldade de aceitar o retorno das aulas, porque todo mundo está com medo desta situação, toda mudança gera um pouco de medo nas pessoas. Mas as crianças precisam voltar com a vida social delas, interagir com outras crianças, por mais que eles estavam tendo o conteúdo em casa, mas estavam convivendo somente com a família e precisam conviver com crianças da idade deles e professores também, isso faz parte da educação e do desenvolvimento deles”, ressalta Lucilda, que conta que a filha ficou muito feliz com o retorno ao contexto escolar. “Ela adorou a volta às aulas, estava com saudade da escola, por mais que teve todo o distanciamento, cada um com carteira longe um do outro, sem recreio e com todas as restrições, mesmo assim ela ficou muito feliz”, disse a mãe da aluna.
Organização e cuidados
O número de alunos e o tamanho das salas de aula são fatores que cada estabelecimento de ensino precisou considerar para a segurança do retorno às aulas.
“Deixamos livre para que cada escola se organize, pois, tem escolas que têm quatro turmas de 5º ano, então estas fazem um revezamento durante a semana, outras escolas têm um 5º ano e nessas os alunos podem ir todos os dias agora de início, sempre respeitando a capacidade de 30%”, informa a secretária de Educação de Irati, Jandira Terezinha Girardi.
Lucimara conta que na escola onde o filho estuda as turmas foram divididas. “São sete alunos na sala do Mateus, foi dividido. Dois dias vai uma quantidade de aluno da turma e três dias vão os outros. Um grupo de alunos vai nas segunda e terça, e o outro grupo nas quarta, quinta e sexta. Assim inverte na semana seguinte”.
Respeitando o público máximo de 30% de alunos nas escolas as carteiras estão distanciadas 1,5 m umas das outras; o uso de máscara é obrigatório o tempo todo e cada aluno deve levar uma máscara a mais para trocar; não é permitido compartilhar nenhum material ou lanche; durante o recreio os alunos apenas lancham, não há brincadeiras como era de costume nas escolas; e o álcool gel está disponível em todos os espaços, além de cada aluno levar o seu frasco.
Lucilda relata que os professores da escola onde a filha estuda fizeram orienta&cce

