Rádio: Uma voz atemporal que une gerações e transforma vidas
Em fevereiro é comemorado o Dia Mundial do Rádio, um dos principais veículos de comunicação de todos os tempos, que se reinventa a cada dia para levar informação e entretenimento há mais de cem anos no Brasil. A primeira transmissão foi no dia 7 de setembro de 1922, durante a comemoração do centenário da Independência, quando foi transmitido o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa.
Desta época até agora, aconteceram significativas transformações. Uma profissional que acompanhou de maneira íntima parte desta evolução e contribuiu para a trajetória do rádio é Rose Harmuch. Com seis décadas dedicadas a esse meio de comunicação, a radialista tem muito a contar. “Eu comecei com nove anos. Eu fui aprender a fazer técnica com o meu pai, eu tinha vontade de trabalhar, queria ver como é que era, como é que funcionava. Naquela época podia trabalhar e era tudo com o disco de vinil”, relata.
Rose enfatiza que quando conheceu o rádio, na cidade de Arapongas, o local assemelhava-se a um ambiente teatral, com plateia, performances musicais e a presença marcante das radionovelas. “Tinham programas de auditório e eram cobrados ingressos para entrar no programa. Tinha artista famoso que ia lá e lotava, era bem legal. E antigamente tinha o palco, onde havia apresentação de cantor, o rádio teatro, era feito assim. Meu pai escrevia peças de teatro e eles gravavam”, descreve.
Em Irati, Rose deu início à sua trajetória em 1978, no programa “Meio e Dia em Notícias, da Rádio Najuá, um noticiário que permanece no ar até os dias de hoje. Ela lembra que, na época, sonhava em ser psicóloga, porém, sua paixão por programas jornalísticos transformou-se em sua profissão e carreira.
Com uma trajetória mais recente, o radialista Paulo Henrique Sava deu início à sua carreira em 2001. “Eu sempre quis trabalhar em rádio, eu cheguei a fazer um teste na Vale do Mel e acabei não passando na época. Em 2001 acabei entrando no rádio através do Renato Marochi, eu fazia escola de Teologia com ele e ele tinha um programa na antiga rádio Difusora. Eu falei que eu poderia ajudar no programa, porque eu tinha interesse. No outro dia ele falou para eu fazer o programa sozinho. Eu preparei tudo, mas só esqueci de levar o roteiro das músicas para o operador”, relembra Paulo, com humor. Ele complementa que depois desse dia passou a acompanhar de perto como os programas eram feitos para aprender melhor a profissão.
Arnoldo Krubniki Júnior trabalha há nove anos na Rádio T de Irati. Ele recorda como iniciou e como foi a evolução do meio que ele já conhece há muito tempo. “Eu era empresário, mas rádio sempre foi uma paixão minha. Meu pai teve rádio no passado e quando eu tinha meus 17, 18 anos, era já era apaixonado. Eu conheço rádio desde os tempos dos LPs, dos cartuchos e das edições dos comerciais em fitas – que tinham que cortar e serem coladas com durex. Hoje a evolução do rádio é muito grande, é tudo digital. Desde o procurar de uma música, uma vinheta, até a transmissão que a gente faz hoje, a gente utiliza a fibra ótica”, descreve. Ele relata também que foi nos torneios de futebol organizados junto ao seu pai no interior de São Paulo que provavelmente começou a desenvolver o estilo &uacut

