Quitar dívidas ou investir? Entenda por que nem sempre pagar as contas é a melhor opção para o 13º salário
Especialistas alertam que a melhor escolha do que fazer com o dinheiro extra depende do perfil de cada pessoa, mas destacam que, se bem planejado, esse recurso pode ser a chave para um futuro financeiro mais sólido. Desde quitar dívidas de alto custo até começar a investir em opções de baixo risco, o 13º pode ser um excelente ponto de partida para organizar as finanças e alcançar objetivos a longo prazo
👉 Receba as notícias do Hoje Centro Sul no seu celular
O final de ano é uma época aguardada por muitos trabalhadores brasileiros, especialmente por conta do recebimento do 13º salário. No entanto, a chegada desse recurso extra levanta uma dúvida comum: quitar as dívidas ou usá-lo para outros objetivos financeiros? Especialistas concordam que a resposta depende da realidade de cada pessoa, mas enfatizam que decisões bem planejadas, como investir parte desse valor, podem gerar benefícios a longo prazo.
Quitar dívidas ou investir?
É comum associar a chegada do 13º salário com quitar dívidas ou reservar para contas que ainda não chegaram. No entanto, indo na contramão do que muitos imaginam, Lucas Machado, sócio krone capital e assessor sênior alta renda da XP Investimentos, ressalta que essa resposta depende do tipo de dívida. “Dívidas de empréstimo pessoal, por exemplo, têm juros muito altos, geralmente entre 2% e 4% ao mês. Nesse caso, é melhor quitá-las antes de pensar em investir, já que o retorno de um investimento seguro dificilmente supera esses valores”, explica.
O gerente da agência Sicredi Centro de Irati, Emerson de Lara, concorda com Lucas e enfatiza que o 13º salário pode ser uma excelente oportunidade para reorganizar as finanças pessoais, priorizando o pagamento de débitos de cartão de crédito e cheque especial, devido às altas taxas de juros desses tipos de crédito. “Dívidas, principalmente relacionadas a cheque especial e cartão de crédito, a sugestão é começar pagando esse tipo de conta, pois são os mais caros que existem hoje. Aí você deixa de pagar esses altos juros que são cobrados comparado com qualquer outro tipo de crédito”, destaca.
Já no caso de alguns financiamentos, onde os juros costumam ser mais baixos, Lucas sugere uma abordagem diferente. “Financiamento de veículo ou financiamento imobiliário, por exemplo, já é menor. Compensa mais você ir pagando a parcela do financiamento e reservar uma parte do seu 13º para começar a investir. Mas se você possui dívida de empréstimo pessoal ou outras dívidas com taxas de juros altas, compensa você quitar a dívida antes e daí sim começar a investir. Então, depende do caso”, detalha.
Quando não há dívidas pendentes, ele explica que é essencial colocar o dinheiro para render. “Quando você não tem conta nenhuma para pagar, sempre alerto todos os meus clientes, já coloquem em algum investimento. Você precisa sempre estar com o dinheiro rendendo. Eu sempre falo que não adianta nada você ficar com o dinheiro parado em saldo em conta, você não está ganhando nada, você est&