Propostas para tentar resolver crise financeira da Santa Casa de Irati são discutidas em encontro acalorado na Aciai

Por Redação 3 min de leitura

Em um encontro que reuniu prefeitos, representantes da Santa Casa de Irati e do Consórcio Intermunicipal de Saúde na sede da Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai), diversas propostas foram discutidas com o objetivo de resolver a grave crise financeira que atinge a instituição. Também foi definida a criação de uma comissão formada por prefeitos dos municípios da Amcespar para analisar as finanças da Santa Casa e assegurar que não há irregularidades

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Na manhã da última terça-feira (19), a sede da Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai) foi palco de um importante debate sobre a saúde financeira da Santa Casa de Irati. Representantes do hospital, do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS Amcespar), empresários, prefeitos em exercício e recém-eleitos de alguns dos nove municípios que compõem a Associação dos Municípios do Centro Sul do Paraná (Amcespar) estiveram presentes para discutir alternativas e fortalecer a rede de saúde regional.

Entre as demandas do CIS Amcespar, o pedido de mais transparência sobre os gastos do dinheiro recebido pela Santa Casa e também propostas para equilibrar as contas da instituição, que mensalmente enfrenta déficits orçamentários. Os representantes do hospital apresentaram os números gerais de atendimentos e despesas operacionais, além de propostas para o equilíbrio das contas e para viabilizar maior transparência dos gastos.

A conta não fecha

De acordo com alguns dados apresentados pelos representantes da Santa Casa de Irati durante a reunião, a Instituição encontra dificuldades em fechar as contas e isso ocasiona até mesmo atraso no pagamento de alguns prestadores de serviço, como médicos por exemplo.

Segundo dirigentes da Santa Casa, as despesas totais com atendimentos em um período de quase um ano (1 setembro de 2023 a 31 agosto de 2024) foram de R$ 28.434.467,10, tendo uma receita total dos atendimentos custeadas pelo SUS de R$ 23.901.837,37; o que totalizou um déficit de R$ 4.532.629,73 no período.

Neste ano de 2024, o resultado gerencial de janeiro a agosto de 2024, que envolve despesas operacionais, como folha de pagamento de colaboradores, alimentação, materiais, contas de água e luz, manutenções, reparos, telefone, cozinha, combustível, entre outros, foi de R$ 24.735.799,00, com receita de R$ 21.410.228,00; totalizando em um déficit de R$ 3.595.572,00.

Propostas

O presidente do Conselho Deliberativo da Santa Casa, Luiz Angelo Fornazari, sugeriu que o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS Amcespar) custeasse os médicos especialistas com base em horas trabalhadas, proporcionalmente ao número de atendimentos realizados em cada município consorciado. Segundo ele, um relatório mensal detalharia as horas de trabalho dos médicos, permitindo que o consórcio arcasse com os custos correspondentes. De acordo com Luiz Angelo, essa medida, estima-se, poderia reduzir os gastos da Santa Casa em cerca de R$ 700 mil mensais. “Os médicos que fazem plantão são especialistas. É só fazer um acerto no consó

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