Projeto voltado à produção orgânica quer beneficiar 22 municípios e é apresentado à Itaipu

Por Redação 3 min de leitura

O Projeto Floresta de Sabores e Saberes, que pretende trabalhar a preservação ambiental e o incremento de renda para famílias de agricultores da região Centro Sul do Paraná através da produção de alimentos orgânicos, foi apresentado à Itaipu Binacional

O Projeto Floresta de Sabores e Saberes, criado com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e agroecológica na região Centro Sul do Paraná, foi apresentado ao diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Carlos Carboni, a lideranças políticas regionais, representantes de instituições de ensino e dirigentes de cooperativas e associações na última segunda-feira (24). A explanação aconteceu no auditório da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em União da Vitória, e reuniu participantes da maioria dos 22 municípios que o projetor abrangerá.

Já protocolado junto à Itaipu Binacional para captação de financiamento, o Projeto Floresta de Sabores e Saberes quer trabalhar a preservação ambiental e o incremento de renda para os agricultores familiares através da produção de alimentos orgânicos. A iniciativa abrange uma região que tem população total estimada em quase 600 mil habitantes.

As principais metas são: desenvolver sistemas agroflorestais com erva-mate, quintais agroflorestais, fazer a recuperação ecológica de solos, promover a infraestrutura e mecanização para associações e cooperativas, auxiliar na adequação ambiental, além de atividades coletivas como cursos e intercâmbios, e certificação orgânica de 400 propriedades.

O projeto também busca atender a uma demanda que prevê o fornecimento de 100% da merenda escolar do Paraná em alimentos orgânicos até 2030, conforme previsto por lei estadual.

Investimento no projeto

De acordo com o deputado federal Tadeu Veneri, o valor solicitado à Itaipu para o projeto é de R$ 80 milhões que, segundo ele, não precisa necessariamente ser financiado de forma integral pela usina. “Nós temos em torno de oitenta milhões de reais que foi solicitado. E se não é possível todo esse valor, possivelmente uma parte venha do governo federal, uma parte possamos buscar junto a outros órgãos, uma parte da Itaipu. O importante é que nós possamos dar um direcionamento a um projeto de integração de produção de alimentos”, descreveu o deputado.

O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, explicou que projetos como esse, precisam seguir os objetivos previstos pela binacional. “Todos os projetos são avaliados pela diretoria de coordenação, temos uma equipe técnica que faz isso, eles fizeram o protocolo faz poucos dias, assim que chegar na diretoria, nós vamos ver se o projeto está dentro dos objetivos e mais do que isso, no interesse da Itaipu”, explicou.

Segundo ele, pela exposição realizada, o Projeto Floresta de Sabores e Saberes tem afinidade com os objetivos socioambientais da Itaipu. “Nós temos quatro grandes eixos: o primeiro é o de preservação de água e solos, o segundo eficiência energética, o terceiro que é o cuidado com os resíduos sólidos, que é o lixo, e o quarto as ações comunitárias socioambientais. Os costumes estão diretamente nas ações que nós apresentamos e têm tudo a ver com o que foi apresentado enquanto projeto”, disse Carboni.

No entanto, como demanda um valor alto em investimentos, o diretor de Coordenação da Itaipu explicou que provavelmente será preciso buscar mais parcerias para financiar a iniciativa. “O projeto tem uma amplitude bo