Prédio é liberado após desmoronamento em obra em Irati

Por Redação 4 min de leitura

No sábado (30) um desmoronamento interditou um prédio no centro de Irati. Moradores voltaram ao local apenas na terça-feira (02) à noite.

Ao chegar à lotérica localizada na rua Dr. Munhoz da Rocha, em Irati, era possível ouvir a voz ao longe de Augusto Tucholski, mais conhecido como Gutio, proprietário do prédio onde está a lotérica. Ele dava instruções para consertar um problema no fornecimento da água. Três registros haviam sido fechados, e durante a limpeza da caixa d’água, dois deles não haviam sido ligados.

Essa foi apenas uma das situações enfrentadas durante a volta ao prédio, na quarta-feira (03). O prédio ficou interditado durante três dias, após um desmoronamento ter ocorrido em uma obra na esquina da quadra, que acabou atingindo a garagem do prédio ao lado, no início da noite do sábado (30).

Ainda no sábado, o prédio foi interditado e os moradores tiveram que se abrigar em hotéis ou casas de amigos e parentes. Além do prédio, as ruas Dr. Munhoz da Rocha e XV de Novembro também ficaram interditadas, ficando em meia-pista no início da semana. Durante este tempo, a lotérica ficou fechada e os funcionários foram remanejados para as outras duas lotéricas da cidade.

O local foi totalmente liberado apenas na tarde de terça-feira (02).Por isso, a quarta-feira (03) foi um dia para normalizar e voltar aos afazeres do dia a dia. Ainda pela manhã, a lotérica abriu e os moradores voltaram aos seus apartamentos. Mesmo assim, era possível ver que a movimentação ainda não estava tão frenética como é usual no local.

“Você não imagina como estava maluco para voltar”, disse Gutio que ficou abrigado na casa de uma das filhas. Ainda em meio à arrumação, Gutio conta que a volta tem sido normal, apesar dos pequenos percalços como o fornecimento de água. “Nós sentimos esse atendimento ao público”, falasobre o tempo que a lotérica ficou fechada.

Apesar de voltar normalmente, Gutio conta que a família ainda está abalada emocionalmente com o que aconteceu. Sua esposa, Irene, tem tido sustos aos ouvir barulhos mais estridentes. Já ele, tem sonhado. “Tenho sonhado de cair o prédio e estar embaixo”, diz. Uma das filhas, Luciana, fala que ainda haverá um tempo para assimilar o que aconteceu. “Ainda vamos ficar uma semana atrapalhados”, relata.

Desmoronamento

Gutio estava tomando banho no início da noite de sábado (30) quando ouviu os gritos assustados de sua esposa. Imediatamente saiu do banho para verificar o que tinha acontecido, temendo que ela tivesse se machucado.

Meia hora antes, ela havia saído da garagem e tinha entrado no prédio para se arrumar, já que em seguida, às 19h30, eles participariam de um encontro com outros casais. Gutio chegou após as 19h, deixou seu carro na frente do prédio, e entrou no prédio através da garagem. Foi por volta das 19h10 que ele ouviu os gritos da esposa.

Os estampidos, descritos como dominós sendo derrubados, foram ouvidos por Irene, que achou que poderia ser de algum inquilino, na primeira vez que ouviu. Somente no segundo estampido, foi que ela avistou a garagem e o carro Chevrolet Cruze engolidos por um buraco.

Por volta das20h, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Irati chegaram ao local e verificaram que a obra ao lado possuía uma escavaçãopara fazer subsolos no terreno. Segundo o alvará obtido pelo Corpo de Bombeiros, o projeto contava com um subsolo de dois pavimentos, e mais outros dois pavimentos acima do solo.

O comandante do Corpo de Bombeiros, capit&atild