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Peruano usa música para evangelizar

12/04/2019

Peruano usa música para evangelizar

Com uma flauta de pane um violão, o peruano GermanQuispe Rivas percorre o Paraná há mais de 15 anos realizando apresentações especiais em diversos lugares. Hoje, Germané pastor e conta que usa a música para evangelizar e espalhar amor entre as pessoas.

A jornada iniciou há mais de 15 anos quando ele trabalhava como músico se apresentando com quatro amigos em diversos países como Chile, Argentina e Equador. Foi na Argentina que um episódio o marcou e mudou completamente sua vida. “Nós tocávamos música ancestrais, músicas místicas, músicas terapêuticas. Na hora do café da manhã, nós tínhamos que tocar. Havia uma pessoa sentada, sozinha, começou a cobrir a cabeça, e eu senti assim, uma oração. Depois de tocar, nós colocávamos fitas e eu ofereci a fita, com interesse de vender. Ele disse: ‘Você tem um talento maravilhoso. Tocas muito bem o violão, o instrumento de cordas, também canta muito bem, por que essas coisas não oferece para Deus?’. Meu coração começou a sentir mais, algo forte”, disse.

Ele conta que continuou vendendo as fitas ao homem, que mais tarde descobriu ser um pastor brasileiro que estava de passagem. O homem comprou, mas insistiu no recado. German ouviu, mas continuou seu caminho com os amigos, que já planejavam uma ida à Europa em três meses para se apresentar.

Apesar disso, o recado do homem ficou na mente de German. “Chegou à noite, na hora de deitar, martelava no meu ouvido e coração: ‘Esse dom que você tem, canta e exalta a Deus’. Foi tão forte, mas passou quatro meses e me avisaram que tinha que renovar o passaporte”, disse. Foi neste momento, que German começou a pensar em seguir o conselho do homem com quem havia se encontrado.

Mesmo assim, ele seguiu com os amigos para o Paraguai. Lá, acabou encontrando outra pessoa, que lhe deu o mesmo conselho. “Confirmou outra pessoa que tem ideias religiosas. Ela me falou assim: ‘Deus me manda falar que você vai ser um levita, um atalaia, um transmissor de boas novas, de paz de amor, de simplicidade a todos’”, disse. A partir de então, German decidiu que mudaria sua vida.

Ele entrou no Brasil por Foz do Iguaçu, onde foi batizado na religião evangélica. Mas o uso da música como meio de evangelizar aconteceu mais tarde em Ponta Grossa, onde morou por alguns anos. “Havia outro patrício meu, outro peruano, que também estava congregando em uma igreja. Então falamos: ‘Vamos fazer música de louvores a Deus’. Começamos a viajar e vender nosso CD, para nosso próprio sustento”, conta.

Para divulgar o trabalho, a dupla ia para instituições e empresas se apresentando.

Apresentações

Há três anos, German se mudou para Irati e carregou a prática de se apresentar nos locais levando músicas de louvores. Quando entra, para fazer pequenas apresentações em empresas e instituições que visita, ele pede licença e pergunta aos empregadores se pode se apresentar. “Tocava e sempre falava do amor de Cristo”, relata.

Ele recorda de um episódio que aconteceu durante este tempo. “Quando entrei num Fórum, o juiz disse: ‘Você está doido. Você sabe que esta é uma instituição grande, uma instituição judicial? Não pode ter barulho por causa de uma sentença, pode haver uma audiência e você estará atrapalhando’. Eu falei: ‘Eu sei’. Mas é que quando você entra com seus louvores você toca o coração da pessoa. Esse juiz então falou: ‘Sabes o que é aqui?’. Eu disse: ‘Eu sei, senhor. Aqui é um sistema judicial, um fórum’. Ele disse: ‘Então porque você está aqui?’. Então disse: ‘Desculpe’. Não falei que Deus tinha me mandado, fiquei com um pouco de receio”, conta.

Quando estava preste a sair, o homem chamou novamente German. “Ele disse: ‘Você não vai embora. Você vai entrar e tocar aqui’. E sabe por quê? Com quase 35 funcionários, quando comecei a tocar, começaram a derramar lágrimas, e começaram a sentir uma espiritualidade de Deus”, relembra.

Para ele, esse é um momento de levar esperança. “Se Deus me mandou para esse lugar, é para um motivo. De repente, de esperança, de renovação, de restauração, de um novo tempo de vida das pessoas, ou de um tempo de meditar. Simplesmente se Deus me mandou, eu vou”, disse.

Texto/Foto: Karin Franco/Hoje Centro Sul

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