Paraná se prepara para o fim da vacinação contra febre aftosa
A campanha de vacinação contra a febre aftosa, realizada neste mês de maio, poderá ser a última a ser feita no Paraná. Isso porque o estado está em processo de se declarar livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinar o rebanho. A Secretaria Estadual de Agriculturae do Abastecimento (Seab) estima que o novo status do Paraná irátrazer mais rendimento ao setor da agropecuária no estado.
“Temos boas condições técnicas para garantir a defesa agropecuária do estado e, com a suspensão, temos a possibilidade concreta de entrar nos melhores mercados de proteínas animais”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, no primeiro fórum “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”, em Paranavaí, na última semana.
Na região, um desses fóruns aconteceu nesta terça-feira (21), em Guarapuava, onde a equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) de Irati esteve presente. No evento, foram discutidos os passos que ocorrem após a liberação da vacina e também os benefícios que a liberação trará ao setor.
Campanha
Apesar de a liberação da vacinação estar muito próxima, o Paraná precisa ainda preencher alguns requisitos para conseguir esse novo status. Um deles é que esta última campanha, visando animais de 0 a 24 meses, precisa ter o máximo de participação dos agricultores.
“Tem que ter um ótimo resultado nessa campanha. Apesar de que esta campanha seja só de 0 a 24 meses, mas tem que ser vacinado praticamente 100% dessa categoria. Todo mundo que tem nessa categoria de animal tem que fazer sua parte”, disse Cristina Barra do Amaral Bittencourt, médica-veterinária da Adapar de Irati.
A campanha vai até 31 de maio e os agentes da Adapar têm fiscalizado tanto as propriedades como as clínicas veterinárias que vendem a vacina. A compra, transporte e aplicação da vacina é de responsabilidade do produtor, que precisa apresentar a documentação para a Adapar.
“Além de vacinar, eles têm que anotar a categoria de animais existentes e animais vacinados. Então por idade, de 0 a 12 meses, de 13 a 24, de 25 a 36, e com mais de 36, e por sexo. Eles têm que preencher o comprovante de vacinação, ou eles podem trazer [na Adapar] assinado ou anotado já, as categorias, e na própria loja veterinária, onde eles fizerem a compra da vacina, eles podem fazer a comprovação”, explica Cristina.
A expectativa é que 4,1 milhões de cabeças sejam vacinadas em todo o estado. Cristina explica que na região, a meta deverá ser cumprida. “Nas últimas campanhas tivemos índices bem bons, acima de 98% que é o desejado. Esses por centos que ficam para trás, nós sempre vamos atrás pra ver o que está acontecendo. É produtor que não tinha mais gado, que já abateu ou que o gado morreu e não veio comunicar, ou é produtor que se mudou, demoramos um pouco para achar. É um número muito pequeno que fica sem vacinar”, disse.
Quem não vacinar poderá multado. “O valor mínimo da multa é R$ 1.024. O vidrinho [da vacina] hoje para 15 cabeças, custa em torno de R$ 23 ou R$ 24”, disse.
Processo
A previsão é que em setembro, o Ministério da Agricultura declare o

