Paraná não possui casos de febre amarela
Superintendente da Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde, Julia Cordellini, fala sobre a situação do estado e dá algumas orientações à população
Dados da última semana, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostraram que mais de 80 pessoas já faleceram desde o ano passado em virtude da febre amarela. Ao todo, foram 1.080 notificações, sendo que 213 casos foram confirmados.
Ao contrário de alguns estados do país, como Minas Gerais e São Paulo, que já registraram mais de 30 mortes por causa da doença, o Paraná não possui registro da doença. Dos 18 casos notificados, 14 foram descartados e quatro estão em investigação.
“Nesse momento, a situação do Paraná está sob controle, não só na 4ª Regional, mas em todo o estado do Paraná. Não há circulação do vírus da febre amarela em nenhum local do Paraná e não temos nenhum caso de macaco infectado pelo vírus da febre amarela”, afirma a superintendente da Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde, Julia Cordellini.
Vacina
Como o estado não possui casos confirmados, a recomendação para o uso da vacina é para quem está em lugares de risco. “Se você vai para áreas de risco, como rios e matas, se você é um trabalhador ou mora numa região de rios e matas, ou vai para fora do estado do PR, vai para SP, MG, ES, RJ, BA ou mesmo para fora do país e que tenha recomendação, se você não tem [tomou anteriormente] uma dose da vacina, você precisa tomar uma dose da vacina dez dias antes de viajar para que essa vacina possa fazer efeito antes da sua viagem”, recomenda.
Ao tomar vacina, também é necessário que se preste atenção às indicações e contraindicações. “A vacina não está indicada para todas as pessoas. Para crianças abaixo de nove meses, pessoas a partir de 60 anos, não é recomendado a vacinação. Se tiver dúvidas, essas pessoas precisam conversar com o médico porque não se faz vacina nessas pessoas sem prescrição médica pelo risco existente. Pessoas que estão com a imunidade baixa, pessoas que estão em quimioterapia, pessoas que têm alguma doença crônica que baixa a imunidade, que estão tomando altas doses de corticoide há muito tempo, então são situações de doenças graves, que baixam a imunidade, que colocam em risco. Essas pessoas precisam antes conversar com seus médicos a real necessidade e se há realmente indicação, ou se continua contraindicada”, alerta.
A superintendente ainda chama a atenção que quem tomou a vacina da febre amarela em algum momento da sua vida, não precisa tomar outra dose. “Primeira coisa importante: ela é dose única. Ela mudou no ano passado. É oficial: não se faz revacinação de febre amarela”, explica.
Juliana ainda afirma que o estado do Paraná está com o estoque normal de vacinas. “Não há falta de vacina em nenhum local em nenhuma regional do Paraná”, destaca.
Transmissão
A superintendente explica que a transmissão da febre amarela é feita por mosquitos, como o Haemagogus, e não por macacos. “Macacos não transmitem febre amarela para as pessoas, não há transmissão de macaco para o homem, para o humano, nem de uma pessoa para outra. Quem transmite a doença é o mosquito infectado com o vírus, não é o macaco que

