Paraná mantém estimativa de safra recorde, mesmo com redução da produção de milho

Por Redação 3 min de leitura

De acordo com a Previsão Subjetiva de Safra, a produção de milho foi reajustada para 15,4 milhões de toneladas, 700 mil a menos que a estimativa de maio.

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, fechou junho com estimativa de pequena redução na produção de milho da segunda safra 2021/22, o que contribui para baixar, nos mesmos patamares, a previsão da safra paranaense. A projeção agora é que serão produzidos pouco mais de 36,2 milhões de toneladas contra 36,8 milhões de toneladas previstas em maio. Ainda assim, se trata de uma safra recorde. A área de plantio é de quase 10,9 milhões de hectares.

O chefe do Departamento de Economia Rural, Marcelo Garrido, destacou os bons crescimentos projetados para alguns produtos, em relação à safra anterior, particularmente as culturas de milho e de feijão. “É importante observar que, apesar dos problemas enfrentados pelo agricultor, sobretudo os climáticos, a persistência e a vontade de semear a terra venceram e novamente vislumbramos recordes em alguns produtos”, afirmou.

Previsão Subjetiva de Safra (PSS), apresentada nesta quinta-feira (30) pelos técnicos do órgão, aponta que a produção de milho nesta segunda safra deve ficar em torno de 15,4 milhões de toneladas. É uma redução de 700 mil toneladas em relação à projeção inicial de 16,1 milhões de toneladas. Mas será 170% superior ao colhido na safra anterior, muito afetada pelas condições climáticas adversas, e que ficou em 5,7 milhões de toneladas.

 “A estimativa desse ajuste na produção em relação a maio está também ligada a fatores climáticos pontuais e a doenças na lavoura, especialmente a cigarrinha”, afirmou o analista de milho no Deral, Edmar Gervásio. Segundo ele, foram plantados 2,7 milhões de hectares neste ciclo no Paraná, o que representa 8% a mais que na segunda safra anterior, e a colheita está apenas começando, com 6% de área efetivada. “De modo geral, é ótima safra, com recuperação de estoques, que estavam afetados pelos problemas dos ciclos anteriores, e um alento para regiões que consomem mais milho.”

Feijão

O feijão de segunda safra paranaense deve ter a colheita encerrada nos próximos dias. A tendência é que se confirme o aumento expressivo de 95% na produção, em comparação com a segunda safra do período 2020/21, chegando a 557 mil toneladas. De acordo com o analista do produto no Deral, economista Methodio Groxko, a melhora nas condições climáticas durante esta semana possibilitaram a intensificação no trabalho de colheita, que atingiu 96% da área de 318 mil hectares.

Segundo Groxko, a qualidade do produto também é boa, com pouca influência do período chuvoso no que está colhido. “Teremos uma safra recorde e o Paraná deve ser responsável por cerca de 40% da segunda safra nacional”, disse. “O mercado está abastecido, a comercialização está lenta e os preços recebidos pelos produtores estão diminuindo.”

Entre os dias 20 e 24 de junho, o produtor recebeu, em média, R$ 330,00 pela saca de 60 quilos do feijão de cor, o que representa queda de 6% em relação à semana anterior. O feijão-preto também teve o mesmo percentual de queda, se estabelecendo em R$ 1