Pacientes que passaram por transplantes enfatizam a importância da doação de órgãos
A microempreendedora Adriana Alves Maris precisou de um transplante de córneas e a médica Raphaela Nunes teve que passar por transplante de rim. Inicialmente, ambas ficaram assustadas, mas hoje levam uma vida normal e destacam a importância da conscientização sobre a doação de órgãos, que salva vidas. Você sabe quais órgãos podem ser doados? Como funcionam os transplantes? E que a Santa Casa de Irati faz a captação de córneas?
Uma sensibilidade nos olhos começou a prejudicar a microempreendedora Adriana Alves Marins. Ela passou por diversos exames e, tempos depois, recebeu o diagnóstico que precisaria fazer um transplante de córneas, o que a deixou assustada. “A primeira vez que ouvi um médico me dizer que eu precisava de um transplante eu entrei em desespero, justamente pela escassez de informação a respeito. A ideia de substituir uma parte do meu corpo por outra era no mínimo surreal”, descreve Adriana.
Ela conta que até pensou em não fazer o procedimento, mas descobriu que era a única solução para seu problema de saúde. “Em princípio só concordei para não contrariar o médico, mas não tinha intenção de fazê-lo. Procurei outro médico, o diagnóstico foi outro, mas a necessidade do transplante permanecia. Então fiz o procedimento para entrar pra fila do transplante, mas estava esperando que um milagre acontecesse para haver outra solução, ou até a fila não andar e não me chamarem”, lembra.
Nove meses depois ela começou a realizar os exames pré-operatórios e no dia 28 de novembro de 2017 foi chamada para fazer a cirurgia, que ocorreria no dia seguinte. “Pediram somente para eu levar roupa confortável porque após a cirurgia eu não poderia abaixar a cabeça e poderia dificultar na hora de vestir a roupa cirúrgica”, conta.
Adriana diz que a operação foi feita com anestesia local e que não sentiu dor, no entanto, o pós-operatório exigiu dela frequentes visitas ao médico para observar se o corpo não rejeitaria a nova córnea. Atualmente, quase 6 anos depois da operação, ela considera-se curada. “Em pouco tempo a minha visão deu uma boa melhorada, tenho certeza que o sucesso do meu transplante é consequência da eficiência dos meus médicos, do apoio da minha família durante todo o processo e o fato de eu ter seguido à risca todas as recomendações”, comemora.
Captação de córneas é feita em Irati
Na Santa Casa de Irati, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) faz a captação de córneas para serem destinadas às pessoas que estão na fila de espera. Atualmente 1.260 pessoas aguardam para passar pelo procedimento de transplante de córneas no estado, de acordo com o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná.
“A Santa Casa de Irati faz captação de córneas para transplantes. Para a doação dos demais órgãos é realizado um processo de transferência do paciente para outra instituição especializada com neurologista, para diagnóstico de morte encefálica. A captação de córneas não necessita de avaliação neurológica, visto que a doação é realizada após o coração ter parado&r

