Os desafios de ser um jovem empreendedor
Jovens empreendedores comentam o que é necessário para abrir um negócio próprio e obter êxito ou para desenvolver novos projetos junto às empresas da família. Capacitação, planejamento e amor pelo que se faz são alguns dos aspectos fundamentais.
Aos 25 anos, Jaqueline Neves Martins Pires percebeu que era hora de começar a empreender. Graduada em administração, ela trabalhava em uma grande empresa em Irati e decidiu pedir demissão, trocando a estabilidade pelo prazer de usar todo o seu tempo para fazer o que gosta: maquiagens. Para tanto, um planejamento profissional foi realizado.
“Eu tive duas etapas: a primeira foi começar a maquiar profissionalmente, e fui trabalhando nela para que se tornasse a minha principal fonte de renda, mas eu tive uma segunda etapa, que foi decidir sair da empresa, e visualizei que se eu quisesse que a minha própria empresa crescesse, eu precisava me dedicar inteiramente a isso. Eu analisei todos os prós e contras, a parte financeira, e vi que era possível, após muita análise e estudo”, explica. Isso aconteceu em 2019.
Ela conta que ponderou os custos, as necessidades de aperfeiçoamento e definiu estratégias para que sua empresa obtivesse êxito. “A questão financeira era algo de grande análise minha e eu não sairia de lá se eu não conseguisse manter ao menos o salário que eu já recebia, mas eu consegui aumentar os meus ganhos. Por outro lado, quando você é empreendedor, é algo instável”, relata.
Ciente dessas questões, a administradora desenvolveu um planejamento ao longo dos anos, antes de se dedicar integralmente à profissão de maquiadora. “Desde os meus 17 anos eu trabalhava no setor administrativo de uma empresa, entrei como menor aprendiz. Quando eu comecei na maquiagem, fazia uns sete anos que eu estava na empresa. Por três anos eu conciliava as atividades da empresa com o meu negócio próprio. Com isso eu consegui investir em cursos, equipamentos e tudo o que era necessário para que eu conseguisse executar o meu trabalho da melhor forma possível”, avalia.
Elias Chichy é outro jovem empreendedor de Irati. Ele decidiu abrir sua empresa na área ambiental aos 22 anos, em 2018, após identificar perspectivas de mercado. “Essa possibilidade de ter o meu próprio negócio foi aberta a partir dessas vivencias que eu fui tendo na parte ambiental. Atuei no órgão ambiental do município e em outra empresa de consultoria ambiental e senti a necessidade em melhorar cada vez os serviços prestados ao cliente, ter outra forma de relacionamento com o cliente, atendimento e principalmente entregar mais valor nos serviços oferecidos. Com isso surgiu a Venidi Consultoria Ambiental”, explica.
Ele participa do setor da Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai) denominado Aciai Jovem, onde interage com outros empreendedores com idade similar. “Através desse Núcleo Jovem, os jovens participam de reuniões a cada quinze dias – ou uma vez ao mês –, com o intuito de debater sobre as ideias de cada um, as dificuldades que cada um passa e, consequentemente, nos fortalecer juntos, um ajudando o outro. Com cursos, palestras, rodadas de negócios, enfim, uma interação entre os jovens, gerando novos mercados e network entre os participantes”, descreve Elias.
A Aciai Jovem iniciou as atividades em 2014 e atende empresas associadas lideradas por jovens de 18 a 39 anos. Busca dar suporte a empreendedores através de profissionais que auxiliam os novos empresários a identificar e solucionar possíveis problemas que possam estar enfrentando. “Somos um núcleo multisetorial, que tem como objetivo incentivar e auxiliar o jovem empreendedor a crescer profissionalmente e pessoalmente. Buscamos trazer cursos, workshops, eventos de networking, para desenvolver habi

