Nota eletrônica para produtores rurais será facultativa no Paraná devido à dificuldade de acesso a internet
A Secretaria Estadual da Fazenda confirmou que os produtores rurais que não tiverem condições de emitir a nota eletrônica para o transporte de seus produtos a partir de 2019 poderão usar a nota de papel. A medida vale mesmo após a obrigatoriedade da nota eletrônica a partir de 1º de janeiro.
Isso,para os produtores rurais que não possuem acesso à internet. “Esse procedimento será adotado apenas quando não houver condições de emitir a nota eletrônica (NFP-e), devido a região não ter pontos de acesso à Internet.O produtor poderá emitir a modelo 4 (papel) para o trânsito da mercadoria até o local em que haja condição de emissão da NFP-e. Esclarecemos que essa a Nota Fiscal, modelo 4 (papel) não servirá para as operações interestaduais. Assim, o produtor deverá, antes de atravessar a fronteira do Paraná, emitir a NFP-e”, divulgou a Secretaria Estadual da Fazenda, em comunicado, através de sua assessoria de imprensa.
A medida será incluída na Norma de Procedimento Fiscal – NPF n. 031/2015, que trata dos procedimentos relativos ao Sistema Estadual do Produtor Rural.
Preocupação
A solução atende um pedido dos agricultores que estavam preocupados com a obrigatoriedade, já que há dificuldade de acesso à internet e desconhecimentodo uso de meios tecnológicos.
Para Nestor Hlatiki, morador do Itapará, uma das dificuldades é conseguir aprender a usar a tecnologia. “Eu acho que para certas pessoas vai ser difícil. Uma pessoa que não tem conhecimento, não tem estudo, uma pessoa mais antiga, ela vai se bater do início, porque tem que ter estudo para controlar pela internet”, relata.
Os filhos acabam sendo a opção de ajuda a quem não sabe. “Para mim, por exemplo, eu tenho a minha filha. Ela tem internet, acho que com pouco tempo ela faz entrosamento e vai dar tudo certo. Fica até mais fácil, não precisa se deslocar até a cidade, mas,na minha opinião, certas pessoas vão se bater no início”, disse Nestor.
Elizeu Zarpellon, morador do Pinho de Baixo, é outro agricultor que deverá pedir ajuda ao filho. “Quem que vai tirar essas notas? E o pequeno produtor, como que vai fazer? No meu caso ainda tem meu filho que sabe mexer na internet, mas e quem não sabe?”, disse.
Uma das soluções sugeridas é a criação de um espaço com uma pessoa que possa ajudar os agricultores que não têm conhecimento do uso da tecnologia. “Ficaria bom se fizesse em cada localidade, tipo aqui no Pinho ter um escritório para uma pessoa tirar a nota para toda a comunidade”, aconselha Elizeu.
Vanderleia da Cruz também moradora da localidade acredita que um escritório possa ajudar, principalmente, quem não tem condições. “Bastante gente do interior não tem internet, computador e nem dinheiro para comparar as coisas, fica difícil para a gente, nós também não temos muita prática de mexer nesses negócios. Se tiver um escritório daí fica bom”, disse.
Outra preocupação dos agricultores é se o espa

