No mês da mulher, eventos enfatizam o respeito e o protagonismo feminino
Além da busca pela igualdade, o respeito e o combate à violência contra a mulher, os eventos que acontecem durante o mês de março debatem o empreendedorismo feminino.
Para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, ao longo de todo o mês ocorrem em Irati reflexões, homenagens, trocas de experiências, encontros sobre empreendedorismo, momentos culturais, campanhas voltadas para a saúde feminina e debates sobre o combate à violência. São vários eventos promovidos por entidades como a Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai), a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a Secretaria Municipal de Saúde de Irati e a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
Na quarta-feira (08), Dia da Mulher, um talk show organizado pela Aciai, através do Núcleo da Mulher Empreendedora, em parceria com a faculdade Campo Real, reuniu empresárias e profissionais liberais de região. Participaram a prefeita de Fernandes Pinheiro e sócia-proprietária do Anila Cleonice Shuck, a advogada Ingrid Hessel, a responsável pela Digy Sat Cristian Mary Hilgemberg Bueno e a proprietária da fábrica de roupas infantis e loja Azul e Rosa Cleide de Oliveira.
“O talk show é uma reflexão do quanto avançamos como mulheres e até onde podemos chegar nas mais variadas esferas sociais: campo afetivo, familiar e mercado de trabalho. Foi um bate papo para se inspirar, mover mulheres para além do status quo e, também, para comemorar tudo o que já conquistamos, pois, mulheres empoderadas podem romper ciclos de violência de gênero. E podem sim, ser o quiserem e sonharem”, afirma Caroline Rezende Filipczak, uma das integrantes Núcleo da Mulher Empreendedora da Aciai. O talk show foi no período da noite e teve a mediação de Fabíola Franco.
Na mesma data, a Unicentro realizou um evento que se estendeu desde o período da manhã até a noite, com diversas atividades voltadas para as mulheres. Elas puderam se expressar e assistir a apresentações musicais e culturais. A iniciativa buscou mostrar a necessidade do respeito às mulheres e a luta pelos direitos.
O evento surgiu a partir de dois projetos já existentes na universidade: o Projeto de Prevenção à Violência Contra as Mulheres e o Núcleo Maria da Penha (Numape). “O objetivo é ressignificar esse dia no campus, já que no ano passado tivemos um fato que impactou esse dia. Assim, entendendo que se trata de um dia de luta, resolvemos trazer para o campus diversos grupos de mulheres, mulheres artistas, pesquisadoras, extensionistas, a fim de mostrarmos a presença e o protagonismo feminino e enfatizarmos a necessidade de continuarmos a lutar por um campus e um município sem violência para as mulheres”, descreve a professora do curso de psicologia da Unicentro, Kátia Alexsandra dos Santos.
Violência e apoio às vítimas
No dia 8 de março de 2022, uma funcionária da Unicentro foi esfaqueada e atropelada pelo ex-marido dentro do campus Irati. O fato alertou sobre a relevância de abordar temas que promovam o respeito pelas mulheres.
No Brasil, a Rede de Observatórios da Segurança registrou 2.423 casos de violência contra a mulher no último ano, destes sendo 495 feminicídios. A cada quatro horas ao menos uma mulher foi vítima de violência. É o que revela o boletim “Elas Vivem: dados que não se calam”, lançado na última segunda-feira (06).
As estatísticas são produzidas a partir do monitoramento diá

