Na Câmara de Irati, médica esclarece sobre Diabetes Mellitus e suas formas de tratamento

Atendendo a um convite dos vereadores Dr. João Henrique Sabag Duarte e Alcides Cezar Pinto, a médica endocrinologista Cristina Borazzo, usou a Tribuna Popular na sessão da Câmara Municipal de Irati, no dia 30 de setembro, para explanar sobre Diabetes Mellitus e suas formas de tratamento.
Dra. Cristina informou que a doença se tornou uma epidemia global. “No Brasil 10,6% da população tem diabetes (16,6 milhões de pessoas). Em Irati temos 77 pacientes DM – 1 e 607 pacientes DM – 2. É uma doença preocupante por deixar complicações, sequelas, mortes e gastos públicos”, alertou a médica. Ele explicou que a doença ocorre quando há elevação da glicose sanguínea e as duas principais formas são: Tipo 1 (autoimune e 10% dos casos iniciam-se na infância com perda de peso) e tipo 2 (afeta normalmente pessoas com mais de 30 anos, obesas, sedentárias e tem influência genética).
“O tipo 1 não tem como prevenir, já o 2 pode ser prevenido com dieta saudável, atividade física e perda de peso. O objetivo do tratamento é manter a Hemoglobina Glicosilada para evitar complicações microvasculares e macrovasculares. Quanto menos variabilidade glicêmica, melhor controle metabólico, menos chance de complicações”, comentou.
Sobre o monitoramento das glicemias, a médica fez algumas orientações: “o uso de insulina rápida deve ser antes de cada refeição; a quantidade de insulina a ser aplicada depende de quanto está a glicemia naquele momento; e o paciente pode mensurar de duas maneiras: com o glicosímetro (picadas de ponta de dedo) ou com monitor contínuo da glicemia (FreeStyle Libre). A vantagem do glicosímetro é que o mesmo é fornecido pelo SUS, porém, é dolorido, possui má aderência dos pacientes, não tem alerta de hipoglicemias e não tem setas de tendência. Já o FreeStyle Libre inserido no subcutâneo dura 14 dias e monitora a glicemia o tempo todo. O paciente pode monitorar as glicemias quantas vezes quiser apenas por aproximação; contém alarme de hipoglicemias e setas de tendência, há um melhor controle glicêmico, redução no número de hospitalizações por complicações agudas e não causa dor”, informou.
Referente as complicações microvasculares da doença, a médica disse que pode causar: Nefropatia, Neuropatia e Retinopatia. Já as macrovasculares causam doença arterial coronariana, doença arterial cerebral e doença arterial periférica. “Portanto, o nosso objetivo é que os pacientes adquiram hábitos saudáveis, usem corretamente as medicações e mantenham uma Hemoglobina Glicosilada no alvo para evitar essas terríveis complicações. Acredito que com o auxílio das novas tecnologias os pacientes conseguirão um bom controle, melhor qualidade de vida e evitarão complicações”, destacou Dra. Cristina.
Os parlamentares elogiaram a importante explanação da endocrinologista que visa conscientização e prevenção da doença. O presidente agradeceu a presença da Dra. Cristina pelos relevantes esclarecimentos prestados, reiterando que a Casa de Leis está à disposição para trabalhar em prol da saúde e de uma melhor qualidade de vida para a população.
Assessoria CMI
