16/08/2021
No sábado (07), acorreu na Colina Nossa Senhora das Graças de Irati um fato que deixou as pessoas assustadas e pedindo intervenção das autoridades competentes. Uma mulher teve um surto psicótico e, transtornada, passou a incomodar os presentes no local, além de danificar imagens na Sala dos Milagres.
A Guarda Municipal foi acionada e solicitou apoio aos profissionais do Serviço de Abordagem Social, pois no momento o SAMU não estava disponível, porém, a Assistência Social não tem a atribuição de atender estes casos.
O Serviço de Abordagem Social de Irati, da Secretaria de Assistência Social, esclarece para a população quais as situações em que a equipe pode atuar e diante de quais fatos não pode intervir. “Quando uma pessoa está em surto, extremamente agitada ou alcoolizada, é caso exclusivo da Saúde dar atendimento. Por ser um problema de saúde que a pessoa está apresentando. A Assistência Social não pode intervir, mas no dia dessa ocorrência aconteceu que a Guarda Municipal já havia ligado para a equipe da Saúde e eles estavam em outras ocorrências”, relata a psicóloga da Abordagem Social, Monica Van Der Neut.
A situação ocorreu no período da tarde e foram registradas reclamações de que a mulher estaria atrapalhando a realização de uma missa no local. Mesmo sem poder agir, os profissionais da Assistência Social foram tentar ajudar a acalmar a mulher, o que foi possível em alguns momentos, mas diante de um surto só um psicólogo não basta para o atendimento. “Ninguém poderia tocar e tentar segurar a mulher. Quando uma pessoa está em surto precisa de pelo menos seis pessoas para conter ela, junto com medicação e todos os paramentos médicos para fazer o atendimento”, explica Monica.
Com a chegada da ambulância, a mulher fugiu.
Monica conseguiu contato com alguns familiares da mulher, residentes em Ponta Grossa. Uma irmã da vítima afirmou que no dia seguinte viria buscá-la. A mulher tem residência no município de Irati e não estava em situação de rua.
Serviços
O plantão de Abordagem Social é responsável por prestar atendimento a pessoas que estão em situação de rua; pessoas que querem se deslocar de uma cidade para outra e precisam de um lugar para pernoitar, ou ainda de necessitem de uma passagem de ônibus; o trabalho também é voltado para mulheres em situação de violência doméstica – quando precisam de ajuda fora do horário de atendimento da Patrulha Maria da Penha.
“Quando são casos que não envolvem problema de saúde ou alcoolismo, temos a casa de Passagem que a Assistência Social disponibiliza para quem precisa pernoitar temporariamente, que fica no antigo albergue. Ali, recebem alimentação, banho, lugar para dormir e podem lavar roupas se precisarem”, esclarece Monica Van Der Neut.
Texto: Cibele Bilovus
Foto: Arquivo/Hoje Centro Sul