Moradores de Irati reclamam sobre cavalos abandonados na cidade

Por Redação 4 min de leitura

Moradores temem que cavalos possam se soltar e atingir um veículo em uma rodovia próxima. Eles acusam também que há maus tratos com os cavalos. Guarda Municipal se pronuncia sobre o caso.

Oito cavalos que estão em uma propriedade privada em Irati, localizado no bairro Nhapindazal, atrás do almoxarifado da Copel, preocupam os moradores que ali residem. Eles relatam que os animais estão abandonados.

Os moradores ainda comentam os animais sofrem maus tratos, já que o dono dos animais nunca está em casa. Eles também temem que os animais podem sair para BR-277, que fica às margens da propriedade.

Marcelo Nascimento de Oliveira se mudou há poucos dias para o local. Ele relata que esses animais já lhe causaram muita preocupação e incômodo. “Eu me mudei para cá na semana do dia 19 de janeiro. Umas duas semanas antes, vínhamos para arrumar a casa. Durante esse tempo, eu nunca vi ninguém tirar os cavalos do lugar, nunca vi serem alimentados, nem nada. O máximo que eu vi foi o nosso vizinho vir pegar água aqui na torneira e levar para os animais. Eu particularmente achei que os animais eram desse senhor, o meu vizinho”, conta.

Ele ainda relata que já viu os animais soltos. “Um dia vim à noite para arrumar a casa antes de nos mudarmos, e um dos cavalos estava no meio da via que dá acesso para o nosso terreno. Descemos do carro, buzinamos, mexemos com os cavalos, tinha de três a quatro cavalos atravessados. No outro dia, o caminhão veio trazer as mudanças e os cavalos ainda permaneciam ali. Eu vi o vizinho e fui reclamar. Foi quando ele me disse que não era o dono, que ele troca de lugar o animal porque ninguém vem trocar. Eu falei para ele: ‘Olha é complicado, porque minha esposa tem trauma de animal, porque ela sofreu um acidente nessa mesma rodovia, quase morreu, e provavelmente o cavalo era desse mesmo dono’”, disse.

Marcelo conta que o maior prejuízo é a água, além das plantações que esses animais acabam comendo e o sofrimento dos animais. “A minha reclamação é que a água sai do meu bolso. Dar de beber oito cavalos sai em torno de 20 litros por cavalo. No fim do mês, a água que já não é barata, sai muito mais cara. Não que eu não me preocupe com os cavalos, mas não tenho condição de ficar mantendo animais que não são meus”, relata.

Ele ainda fala da preocupação com a segurança. “O cavalo arrebenta facilmente a corda, e quando vemos que um cavalo sumiu, já ficamos assustados e vamos procurar nas vias. Já aconteceu dos cavalos estarem dentro do nosso lote, na porta de casa comendo a grama, temos a plantação de feijão que os animais vem comer, e isso acaba dando um grande prejuízo, é preciso fazer algo. Nesses dias que estou aqui, a única vez que vi o dono dos cavalos foi quando um dos animais estava doente, deitado, quase morrendo, e a Guarda Municipal bateu na casa dele. Mas para ele está conveniente deixar os animais aqui, estamos alimentando eles para que não aconteça algo pior”, explica.

Marcelo conta que chegou entrar em contato com a Guarda Municipal, mas não houve nenhuma solução. “Eu liguei para a Guarda Municipal. Eles vieram e constataram que poderia ser um risco esses animais indo para a BR. Disseram que tem um programa do município que recolhe esses tipos de animais em vias e em espaços urbanos. Retornaram outro dia e um dos agentes, veio e disse que os cavalos não estão em maus tratos. Aí contei que o animal estava há mais de 10 dias sem água e comida, tomando chuva e sol tudo no mesmo lugar, mostrei as fotos dos animais enroscados, fui explicando para ele. O que ele disse foi o seguinte:&l