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Lideranças clamam por melhorias na BR-153 para que acidentes e mortes sejam evitados

19/03/2025

Lideranças clamam por melhorias na BR-153 para que acidentes e mortes sejam evitados

Os prefeitos da região defenderam, durante audiência pública, que obras para melhorar a trafegabilidade da BR 153 são fundamentais tanto para evitar tragédias como para colaborar com o desenvolvimento socioeconômico dos municípios do Centro Sul, cuja logística depende da rodovia 

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Na manhã de quinta-feira (13), a Associação dos Municípios da Região Centro Sul (Amcespar) promoveu uma audiência pública para discutir as condições precárias da BR-153, o que tem contribuído para que ocorram acidentes e mortes. Conduzida pelo presidente da Amcespar, prefeito de Rio Azul, Leandro Jasinski, a audiência cobrou soluções imediatas das autoridades competentes para a melhoria da trafegabilidade da BR- 153, no trecho entre os municípios de Imbituva e Paulo Frontin.

A mobilização por investimentos na rodovia foi realizada na sede da Amcespar, em Irati, e teve a presença prefeitos de Fernandes Pinheiro, Oziel Neivert; de Rebouças, Laercio Cipriano; de Irati, Emiliano Gomes; de Mallet, Pedro Kowalczyk; de Imbituva, Bertoldo Rover; e de Guamiranga Marcelo Leite. Também participaram o deputado estadual Professor Lemos, assessores de outros deputados, secretários municipais, vereadores, representantes sindicais e a população.

“Hoje é um dia importante para nós, para demonstrarmos essa grande insatisfação da população de toda a nossa região perante as condições que se encontra a BR 153, no trecho que corta todos os municípios”, disse o presidente da Amcespar. Na definição de Jasinski, alguns trechos, como o que corta a área urbana de Irati são “um verdadeiro caos” e, por isso, é necessária a intervenção política para agilizar melhorias.

“É uma grande demanda da população para nós, que somos os políticos, os prefeitos, os vereadores, os deputados, que temos esta grande responsabilidade de levar a voz da população para que seja ouvida, ao Dnit – que é o órgão responsável pela execução, pelo investimento –, ao Governo Federal, ao Ministério da Infraestrutura e Transportes, a verdadeira situação que se encontra a BR 153, realmente é um caos, é uma situação muito complicada, que está travando o desenvolvimento da nossa região”, disse Jasinski.

Em 2023, segundo o presidente da Amcespar, reivindicações dos prefeitos e reuniões com o Dnit e com o ministro Renan Filho motivaram alguns reparos e melhorias, mas a obras foram paralisadas. Jasinski destaca que a BR 153 é imprescindível para a logística dos municípios da região Centro Sul, sobretudo para o escoamento de grãos, como a soja e o milho, para o transporte da produção industrial e dos bens do comércio e para o trânsito de estudantes.

O prefeito de Mallet, Pedro Kowalczyk, exemplifica a necessidade logística.  “Em Mallet tem uma empresa, de papel higiênico que é uma das maiores, senão a maior do país, que emprega mil pessoas, empregos diretos. Tem 400 caminhões cadastrados para que puxem, levem a produção, então é um trânsito grande”, afirma Kowalczyk.  

Fluxo de veículos

De acordo com o prefeito de Irati e vice-presidente da Amcepar, Emiliano Gomes, o fluxo de veículos na parte urbana da BR-153 em Irati, entre as 7 horas da manhã e as 20 horas é estimado entre 15 e 16 mil carros, o que traz dificuldades para a mobilidade urbana.

“Lamento a situação atual, é algo que incomoda a todos, mas a gente tem o dever e responsabilidade imensa de se unir e lutar por este direito que nós precisamos, ao longo de toda BR 153,  a  recuperação a conservação da via são importantes, mas nós podemos ir além”, diz o prefeito de Irati. Emiliano acredita que com a mobilização política encabeçada pela Amcespar, é possível reivindicar soluções mais eficientes.  “Vamos pedir por melhorias, mas por que não uma terceira faixa, uma duplicação?”, disse Emiliano, durante a audiência pública.

Um abaixo-assinado, com assinaturas de moradores de toda a região foi criado, demonstrando o interesse popular das obras da rodovia.

Relatos de tragédias

O representante da Câmara Municipal de Paulo Frontin e do prefeito do município, vereador Alcemir Braciak, relatou o acidente na BR-153 que impactou sua família. “Eu tenho um motivo muito especial para encabeçar este abaixo-assinado, porque amanhã vai fazer sete meses que eu perdi meu filho que não tinha 26 anos, nesta estrada”, disse.

O prefeito de Mallet e representantes de Rebouças e Rio Azul também citaram tragédias que ocorreram na rodovia.

Opiniões dos prefeitos

“É um ato democrático, ninguém vai queimar pneus nem lá em Imbituva, nem aqui porque entendemos que as soluções vêm com os diálogos, com as conversas, e os projetos”, afirmou o prefeito de Imbituva Bertoldo Rover.

“Eu vindo agora de manhã de Guamiranga, a gente vê a situação que está precária mesmo. Então precisa de melhorias, de investimento e de nós unirmos forças, como gestores públicos para estar cobrando estas melhorias”, disse o prefeito de Guamiranga, Marcelo Leite.

“A nossa região talvez por ter poucos votos, dos municípios pequenos, está meio abandonada pelas autoridades maiores”, opina o prefeito de Mallet, Pedro Kowalczyk.

“Se não tiver a união da nossa sociedade junto, e colocar da importância da BR 153 para a nossa região, vai ser muito difícil a gente conseguir. O momento é muito importante. A 153 é fundamental para a nossa região”, disse o prefeito de Rebouças, Laercio Cipriano.

“Para mim é a BR-153 é uma das mais importantes, porque liga o Norte ao Sul do país. Todo mundo sabe que o Sul é o maior parque de equipamentos, indústrias, máquinas, que transporta para o Brasil inteiro e vai para Paranaguá, exporta”, destaca o prefeito de Fernandes Pinheiro, Oziel Neivert.

Reivindicações deverão ser levadas ao ministro dos Transportes

O deputado estadual Professor Lemos sugeriu que os prefeitos devem ir para Brasília o quanto antes para levar as reivindicações de melhorias na BR-153 ao ministro Renan Filho. Ele disse que,  através do deputado Zeca Dirceu, é possível agendar uma audiência com o ministro já na semana de 24 a 26 de março.

O parlamentar defende as obras na rodovia são fundamentais. “Nós precisamos aumentar a capacidade desta rodovia, imagina ela não tem nem acostamento, no modelo original que foi construída, isso é um absurdo. Está é a Transbrasiliana, que liga o Rio Grande do Sul ao Pará, é a 7ª mais importante rodovia do Brasil, e aqui na nossa região ela não pode ficar desse jeito”, disse o Professor Lemos. E ele acrescentou que a ministra Gleisi Hoffmann também afirmou que será parceira desta causa regional.

Da Redação/Hoje Centro Sul

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