Iraty perde sócios e tenta se manter durante pandemia

Por Redação 4 min de leitura

Perda de sócios tem dificultado a vida financeira de clube que já possuía muitas dívidas. Além do Iraty, outros setores esportivos também têm dificuldades durante a pandemia

O Iraty Sport Club tem sido atingido drasticamente com a pandemia. O clube já possuía uma vida financeira complicada, com dívidas de gestões passadas, mas as medidas preventivas de distanciamento social, feitas para evitar maior contaminação de Covid-19, inviabilizam as atividades do clube que agora vê a perda de sócios. No entanto, o clube não é o único afetado pela pandemia. Outros setores que possuem campeonatos amadores no interior, como o futsal, têm sentido a dificuldade de sobreviver financeiramente durante a pandemia.

O presidente do Iraty Sport Club, Odair Sérgio Marochi Filho, conta que ainda não é possível dizer exatamente quanto foi a perda de arrecadação do clube, mas ele estima que tenha baixado aproximadamente 50% do que era, devido aos sócios que deixaram de contribuir. “Apenas após a estabilização da situação que a gente vai poder apurar quem vai colocar em dia as mensalidades que não estão sendo pagas e quem realmente vai optar pelo desligamento do clube. Em alguns casos, em alguns convênios que o clube possui, em que é feito o desconto da mensalidade, já há inclusive pedido de desligamento formal dessas pessoas”, disse.

Além do futebol, o clube também possui uma parte social que tem sido afetada. No momento, os espaços não podem ser abertos aos sócios, e os funcionários trabalham de forma escalonada para continuar com a manutenção da infraestrutura, como as piscinas e dependências.

A perda de sócios e o atraso das mensalidades tem afetado o clube, que já estava em situação desfavorável.  “Já era uma situação muito delicada e complicada do Iraty, em virtude das dívidas anteriores que o clube possuía. Em virtude dos decretos, em virtude da própria pandemia, a situação ficou muito complicada mesmo. A arrecadação cai, poucos sócios mantêm em dia a mensalidade porque eles não podem utilizar do serviço e também por ser a atividade menos essencial no cotidiano de uma família, o lazer”, explica.

Contudo, apesar das dificuldades, o clube conseguiu no final do ano passado firmar uma parceria com uma empresa de ex-atletas que estão gerenciando a parte de futebol.  A empresa Soccer Academy G4 é formada por quatro ex-jogadores do Azulão: Marco Antonio, Leandro Carvalho (Polaco), Sandro Cabral e Augusto Leonel (Nelinho). Além da gestão de categorias de base, a empresa tem objetivo de preparar e montar equipe profissional para disputar o Campeonato Paranaense de Futebol.

Para o presidente, essa parceria tem salvado o clube. “Nessa parceria foi elaborado um contrato de arrendamento das dependências para essa empresa, mediante a contraprestação de pagamento mensal. Esse pagamento realmente traz um benefício maior do que o próprio clube estar explorando essas atividades no momento”, diz Marochi Filho.

O contrato também estabelece que a empresa cuide da manutenção dos espaços relacionado ao futebol. Assim, os vestiários já foram reformados e a Soccer Academy G4 tem cuidado da pintura do estádio e da manutenção do campo. “Além de ter um retorno financeiro com o arrendamento, o clube deixa de ter o gasto com a manutenção desta parte”, destaca o presidente.

Marochi Filho explica que a parceria com a empresa tem trazido mais vantagem, especialmente quando há liberação das atividades esportivas. “Em alguns períod