Iratienses contam como venceram desafios através do estudo e alcançaram seus sonhos

Por Redação 4 min de leitura

A engenheira civil Camila Franczak, o médico ortopedista Miguel Vieira de Mello Neto e os estudantes Murilo Kosinski (medicina) e Andreia Leticia Staxhyn (que fará vestibular para engenharia ambiental) contam suas histórias de dedicação aos estudos

As histórias de Camila Franczak e Miguel Vieira de Mello Neto são provas de que os sonhos não conhecem limites. Sobretudo, quando a dedicação aos estudos é o meio escolhido para avançar rumo a conquistas inimagináveis para a maioria.

Camila é ex-aluna do Colégio Nossa Senhora das Graças de Irati, fez engenharia civil na faculdade, período em que também se dedicou para ser selecionada para um intercâmbio. Depois conseguiu emprego na França e trabalhou nas obras de construção do metrô de Paris. Até hoje, mesmo morando no Brasil, ela continua atuando como gestora de projetos de engenharia na empresa francesa. 

Miguel é ex-aluno do Colégio Olavo Anselmo Santini, no Rio do Couro. Ele perdeu a mãe aos oito anos de idade e veio morar com a avó e o tio, na área rural de Irati. Poucos anos depois a avó também faleceu e, na adolescência, Miguel tinha dúvidas se seguiria estudando ou ia atuar na lavoura, profissão mais comum na localidade. A opção foi estudar. E ele sonhou alto, escolheu o curso mais concorrido, medicina. Conseguiu ser aprovado no vestibular da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), concluiu o curso e especializou-se em ortopedia e traumatologia. Hoje tem uma clínica em Irati, além de atender nos maiores hospitais de Guarapuava e Ponta Grossa.

De Irati para o mundo

A fé e o desejo de se tornar engenheira civil impulsionou Camila Franczak para o mundo. “Estudei todo o ensino fundamental no mesmo colégio, o Nossa Senhora das Graças, e parte do ensino médio no Colégio São Vicente. Foi através das comemorações do Dia 27 de novembro, Dia de Nossa Senhora das Graças, que ganhávamos as medalhinhas no colégio, que comecei a alimentar o sonho de morar na França, pois foi em Paris a aparição da santa”, lembra.

Na faculdade, o sonho encontrou um caminho. “No segundo ano da faculdade de engenharia nos apresentaram a possibilidade de ganhar uma bolsa de intercâmbio, através de uma prova de proficiência no francês e também através do bom desempenho acadêmico. Foi quando comecei a estudar francês e me dedicar ainda mais nos estudos para ficar bem classificada no processo seletivo”, conta. Após um ano, ela participou do processo seletivo e conquistou a bolsa de estudos. “Em 2012, embarquei pela primeira vez em um avião para França, para passar um ano de intercâmbio em Strasbourg”, relembra.

No último ano da faculdade, Camila iniciou um estágio em uma empresa francesa de projetos ferroviários onde ela trabalha até hoje. “Na empresa, tive a oportunidade de, assim que me formei em engenharia, partir em missão na sede da empresa na França, em Paris, para trabalhar no projeto mais emblemático da empresa que é a elaboração do projeto de metrô de Paris, onde fiquei no time por dois anos e depois, em 2019, por mais um ano. Me emociono até hoje em pensar que tem meu nome no time deste projeto tão importante”, diz.

Ao longo destes anos, a iratiense continuou estudando, fez pós-graduação em Gestão de Projetos de Engenharia e foi conquistando espaços na empresa francesa. Dez anos depois de ter ingressado como estagiária, Camila trabalha como gestora de projetos ferroviários e rodoviários – de forma remota, pois ela reside no Brasil, em Curitiba.

Superar o meio onde se vive

Depois de apenas um ano fazendo curso p