Irati pretende solucionar o problema do aterro sanitário sem fazer o transbordo do lixo
A Prefeitura de Irati irá lançar um edital de chamamento público com o objetivo de encontrar uma empresa que usa o lixo como matéria-prima. Segundo a secretária de Meio Ambiente e Ecologia, Magda Adriana Lozinski, a empresa seria uma alternativa ao transbordo proposto para solucionar o problema do aterro sanitário de Irati.
No ano passado, o Ministério Público (MP) e o Município de Irati firmaram um termo de ajuste de conduta (TAC) para que o funcionamento do aterro fosse encerrado ainda em 2017. No final do ano, MP e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) prorrogaram o prazo para até 31 de maio deste ano.
Com o prazo final terminando, uma das soluções encontradas no final do ano passado foi o transbordo do lixo para outra cidade, o que acarretaria em aumento de custo e também da taxa de lixo.
Agora, uma nova alternativa encontrada é a possibilidade de doar o lixo para uma empresa que usa tecnologia para transformá-lo em outro produto. “Vamos fazer um edital de chamamento para empresas interessadas em pegar esse lixo, que hoje é levado para o aterro, e fazer uma transformação, utilizando tecnologia”, comenta a secretária.
Critérios
As empresas deverão obedecer a diversos critérios como: resíduo zero e menor tempo para implantação.
De acordo com a secretária, um dos principais aspectos é o de menor tempo. “Um dos critérios que vamos levar bastante em consideração é a questão de implantação. O tempo de implantação da unidade, da tecnologia, do sistema, da empresa, que a gente ainda não sabe como será no munícipio”, disse.
A intenção é que a empresa consiga ajudar o município a resolver o problema de onde o lixo será colocado dentro do prazo dado pelas instituições. “O nosso problema é atingir o prazo instituído pelo Ministério Público. Quem se instalar antes, vai solucionar nosso problema junto ao Ministério Público”, explica.
Já sobre o resíduo zero, a intenção é que a empresa utilize a maior quantidade possível de lixo, não deixando resíduos a mais. “Vamos optar por uma solução tecnológica que não gere resíduos. Quanto menos resíduo gerar, melhor. Mesmo transformando o lixo, se a empresa tiver algum resíduo, para onde ela vai mandar isso?”, comenta.
Biodiesel ou energia
Segundo Magda, o edital serve para diversas empresas que trabalham com a transformação do lixo. “Várias empresas hoje transformam esse resíduo em biodiesel ou energia. Essa é a nossa intenção. Essas empresas que detêm essa tecnologia, através do tratamento do resíduo, elas acabam gerando biodiesel ou até mesmo energia.É para essas empresas que queiram de alguma forma absorver esse resíduo”, relatou.
O objetivo é que essa seja a alternativa de menor custo. “É tirar o nosso custo através da doação desse lixo, de levar esse lixo, que eles queiram esse resíduoque para nós é um problema, mas que para e

