Irati marca presença no 1º Encontro Nacional de Gestores da Cultura, em Vitória – ES

Por Redação 3 min de leitura

Evento contou com as ministras Margareth Menezes, do MinC, e Cármen Lúcia, do STF

Com o tema “Cultura: uma Estratégia para o Brasil”, foi realizado nos dias 14 e 15 de agosto o 1º Encontro Nacional de Gestores de Cultura. O evento reuniu mais de mil gestores e conselheiros, atuantes nas esferas municipal, estadual e federal, buscando reflexões, aprimoramentos e articulação de propostas no setor cultural. Foram confirmados participantes de todos os estados do Brasil. A programação aconteceu na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), campus de Goiabeiras, em Vitória, capital do ES.

O presidente do Conselho Municipal de Cultura de Irati e membro do Conselho Estadual de Cultura do Paraná, Leonardo Schenato Barroso, que também atua na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo como servidor público concursado, esteve representando o município de Irati e a macrorregião Centro-Sul no encontro, tendo custeado sua ida e estadia com recursos próprios. “Trata-se de um encontro ímpar e histórico para o Brasil. Apesar de todos os seus efeitos nefastos, o momento de pandemia da COVID-19 nos revelou o potencial dos investimentos em Cultura nos municípios e estados brasileiros. Este evento foi a primeira grande reunião de operadores públicos do setor cultural desde então. Pudemos, unidos, traçar estratégias conjuntas que levem a Cultura a se estabelecer, na prática, como o direito fundamental que é, conforme versa a nossa Constituição Federal. E isso precisa ser efetivado em todas as diferentes realidades deste país imenso”, opina Leonardo, ainda acrescentando: “precisamos fortalecer nossa articulação em rede, para o avanço das pautas culturais”.

A ministra Margareth Menezes, que atualmente responde pelo Ministério da Cultura (MinC), em sua fala, destacou o compromisso dos gestores e gestoras da Cultura que se deslocaram das diversas regiões do Brasil para estarem presentes no encontro. “Temos que agarrar essa possibilidade inédita que estamos vislumbrando, de construir o Sistema Nacional de Cultura e firmá-lo como um legado para as novas gerações”, mencionou. “O fazer cultural e artístico é coletivo. Não existe expressão artística e cultural sem haver o ‘eu’ e o ‘tu’. Sem haver ‘nós’. Esse ‘nós’ também se conjuga aqui, entre gestores da Cultura dos estados e municípios e no Governo Federal, e com o diálogo junto à sociedade civil, que nos inspira e nos mantém alertas para sempre melhorarmos. A dimensão estruturante da Cultura deve contribuir para as pautas centrais que precisam avançar no Brasil. Parte desses avanços é a superação de um histórico perverso de desigualdades, que persistem há tantos séculos. Uma forma de superar desigualdades é permitir que todos possam acessar as políticas públicas. Estamos revisando nossas normativas, para que os gestores de Cultura do Brasil tenham as ferramentas para construir políticas culturais amigáveis e eficazes”, citou Margareth.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que teve papel decisivo na garantia dos recursos da Lei Paulo Gustavo em 2022, fez o uso da palavra na abertura oficial do evento. Em um inteligente jogo de palavras, falou: “Faço as minhas observações nessa de democracia e cultura, de que ‘é preciso democratizar a cultura’. Entretanto, a cultura é democrática por ela. Ninguém precisa democratizar a cultura. É preciso ‘culturalizar’ a democracia, e fazer a democracia no Estado do Brasil. Se não tivermo