Irati é palco de discussões nos 16 Dias de Ativismo contra Violência à Mulher

Por Redação 3 min de leitura

Diversas programações estão ocorrendo em Irati durante o evento intitulado “16 dias de ativismo contra violência à mulher”. Uma das primeiras programações foi a IV Feira da Cidadania – Ação & Cidadania, promovida pela Unicentro, que aconteceu no dia 20, na Câmara de Vereadores de Irati.
Durante o evento, a desembargadora Dra. Lenice Bodstein, que é coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Famílias (CEVID-TJ-PR), realizou a palestra “Mulher, violência doméstica e o Sistema de Justiça”.
Para Katia Alexsandra dos Santos, coordenadora do Núcleo Maria da Penha da Unicentro, o evento foi de grande importância para realizar algumas conversas sobre o tema. “A presença da desembargadora aqui no município foi muito importante. Ela vem passando por vários municípios. Ela organiza tudo que se tem colocado em termos de ações relacionadas aos órgãos e que estão ligadas ao Poder Judiciário que fazem algum trabalho relacionado à violência contra mulher”, disse.
O trabalho desenvolvido pela desembargadora é de colher dados, observando o que cada cidade vem desenvolvendo para o combate da violência contra a mulher. “E a partir disso ela vai construindo meio que um banco de dados, vendo o que está dando certo, o que não está, o que está funcionando, o que não está, e a partir disso é possível fazer uma troca, então eu acho que a experiência dela é bem bacana para nós”, comenta Kátia.
Na ocasião, a desembargadora pode conhecer como é realizado o trabalho em Irati. “Para nós em especial, acredito que foi uma oportunidade de divulgar os trabalhos do Núcleo, que não é um equipamento da rede, mas acaba fazendo às vezes, porque é um projeto de extensão e está ligada a uma prestação de serviço pela universidade”, fala a coordenadora. 
 

Dificuldades e atendimentos

Katia ainda cita as dificuldades enfrentadas pelas mulheres vítimas da violência em Irati. “Não tem delegacia especializada, não tem um centro de referência para atendimentos de mulheres em situação de violência, então acaba que ocupamos o lugar, embora ainda estejamos bem no começo das nossas atividades”, destacou.
O Núcleo Maria da Penha vem crescendo. Nesse ano foram oferecidos atendimentos psicológicos e judiciários para mulheres vítimas da violência. “Esse ano, com a atuação da área do Direito no projeto, temos acompanhado as mulheres na delegacia para fazer registro de boletim de ocorrência. Esse ano, nós já participamos desses três momentos que tem da Semana da Justiça pela Paz em Casa. Nós também participamos do mutirão de audiências que teve em relação à Maria da Penha. O nosso representante participou de 26 audiências, defendendo as mulheres”, explica Kátia.
As mulheres que procuram o atendimento do Núcleo podem contar com o auxílio em diversos setores, como divórcio e pensão, mas a localização dos atendimentos ainda é a maior dificuldade. “Os atendimentos psicológicos também tem tido uma grande procura, as mulheres tem aparecido. A nossa grande dificuldade é a localização, grande parte da população que precisaria acessar o servi&cce