Grupo Irati de Alcoólicos Anônimos comemora 41 anos com encontro neste sábado (10)
O Grupo Irati de Alcoólicos Anônimos (AA) celebra seu 41º aniversário no próximo dia 14 de agosto. Para marcar a ocasião, será realizada uma cerimônia especial no sábado, 10 de agosto às 15h30, na sala de encontros da Paróquia São Miguel. O evento contará com a entrega de fichas comemorativas a membros que alcançaram marcos significativos de abstinência, destacando a importância do apoio contínuo e da recuperação pessoal.
Desafios e superações
De acordo com um dos membros do Alcoólicos Anônimos de Irati, a organização oferece benefícios significativos tanto para quem busca acolhimento quanto para a sociedade como um todo. “O trabalho tem 100% de eficácia quando a pessoa vem, conhece o programa e realmente leva os ensinamentos de alcoólicos anônimos a sério. Se você considerar que em média um alcoólatra leva o problema dele para aproximadamente 4 pessoas, veja aí quantas pessoas são beneficiadas. E quantas pessoas que a partir do momento que se recuperam deixam de ocupar leito hospitalar, deixam de ocupar as unidades de saúde pública, deixam de causar problemas no trânsito, deixam de causar desavenças em família. São inúmeras as situações que, através do AA, acabam sendo erradicadas”, relata Alfredo, que já participa há 27 anos das reuniões.
Alfredo cita que o principal desafio para vencer o alcoolismo é pessoal. Ele descreve que enfrentar a doença exige coragem e humildade para admitir os impactos negativos do álcool na vida. “Eu tinha consciência de que a minha maneira de beber já não era normal desde os meus 17, 18 anos de idade. Mas por relutância, a gente fica escravo da doença. Quando chegou nos meus 25 anos, eu precisei passar por internação. Fiz tratamento clínico por um bom tempo. Porém, aquela vontade desesperada de fazer o uso do álcool eu não conseguia abandonar”, relata.
Alfredo comenta que o alcoolismo quase o fez perder tudo de valor em sua vida. Ele conta que chegou a perder emprego e amizades, até que decidiu procurar ajuda no AA. “Perdi muita coisa, perdi emprego, perdi amizades, perdi a vergonha na cara, perdi o caráter. Estava me tornando um páreo na sociedade e ninguém mais fazia questão da minha presença em lugar nenhum. O pouco que restava era a mulher e os filhos. E por pouco eu quase que perco isso também. Até que aí eu consegui tomar a decisão de vir conhecer Alcoólicos Anônimos, mas assim como muitos, eu também relutei. Achava que o AA era um programa feito só para aquelas pessoas que estavam em situação de morador de rua. Mas para minha felicidade, eu encontrei pessoas que não me não me criticaram e me apontaram um caminho para seguir. Eu optei por ficar e a partir do momento que eu conheci esse programa, eu comecei a reconstruir a minha vida”, detalha.
Depoimentos são a base da recuperação
De acordo com Amaral, outro membro do AA de Irati, os depoimentos são a base do funcionamento do Alcoólicos Anônimos e ajudam na recuperação dos demais presentes nas reuniões. “Aqui nós falamos abertamente, porque quando você fala do teu problema para alguém que já passou por esse problema, a coisa fica mais fácil. Você sabe que está sendo entendido por quem está te ouvindo. E outra coisa, você não está sen

