Frutas e produtos de época movimentam o comércio de beira de estrada

Por Redação 4 min de leitura

Há 20 anos Suzana Ferreira Guimarães trabalha em uma barraca às margens da BR-153, nas proximidades do trevo de acesso à BR-277, em Irati, vendendo frutas da época e produtos típicos locais. “De abril a julho vendemos pinhão, ponkan e o caqui; e a partir de novembro até dezembro vendemos o pêssego e ameixa. Em janeiro até fevereiro vendemos o melão caipira. A gente pega direto do produtor para estar repassando aos fregueses”, conta Suzana.

Por estar situada à beira de duas rodovias, em uma barraca com frutas e produtos típicos do interior de Irati e região, muitos de seus clientes são viajantes e turistas. “Muita gente que passa na BR-277, que entra em Irati para conhecer os pontos turísticos, como a Santa e o Parque Aquático, ou mesmo os que chegam para almoçar em Irati, acabam passando por aqui e levando nosso produto. Quando eles passam na BR-277, fazem o contorno, vêm até nós e seguem a viagem. Eles sempre voltam. Temos fregueses de fora que acabam pegando o WhatsApp, depois dizem que estão vindo para Irati e pedem para deixar separado os produtos para eles”, relata Suzana.

Além disso, o local também serve como ponto de referência para viajantes e uma espécie de ‘centro de informações’ para aqueles que não conhecem a região. “Bastante gente chega aqui perguntando por onde é melhor para chegar em cidades como Ponta Grossa, Imbituva, Teixeira Soares e outras, então servimos também como um ponto de informação”, conta a vendedora.

O local já é bem conhecido por quem chega ou sai de Irati. Eraldo Ferreira Guimarães é irmão de Suzana e também é vendedor. Ele conta que inicialmente sua mãe e seu falecido padrasto iniciaram os negócios na BR-277, mas que depois foi preciso mudar para o ponto onde estão até hoje. “Desde 1999, a gente tinha as bancas na BR-277, do meu falecido padrasto e da minha mãe. Aí o pedágio proibiu, então foi montado na BR-153. O lugar foi escolhido por ser saída da cidade e com o tempo fomos pegando conhecimento e aprendendo sobre a qualidade”, relembra Eraldo.

Ele conta que os produtos oferecidos na barraca são comprados de produtores de Irati e de cidades da região, considerando a qualidade. “O pinhão, quando é época, a gente procura no interior. Já as frutas pegamos dos produtores daqui. Nós pegamos onde está melhor, não pelo valor, porque às vezes é uma diferença pequena de preço, mas na verdade, para nós, a qualidade é o que importa. Por isso, os fornecedores são todos daqui da região”, diz o comerciante, que já vendeu um melão de 17 quilos no local.

Antonio Fernandes também trabalha com vendas de produtos de época há três anos nas margens da BR-153, na Vila São João, em Irati. “Eu trabalho com pinhão, frutas e com verduras. Tem uns produtos que eu mesmo planto e cultivo, aí tem o pinhão que eu compro para revender. Eu vendo também a cerveja caseira, que eu mesmo faço”, descreve Antonio.

Ele se dedica exclusivamente às vendas há cinco meses, mas garante que a atividade sempre fez parte de sua vida. “Eu trabalhava registrado, aí me mandaram embora faz uns 5 meses, mas eu sempre trabalhei com as vendas nas horas livres, inclusive nos finais de semana. Eu também vendo verduras de casa em casa, como batatinha, cebola e outras coisas”, comenta.

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