Forças de segurança trabalham em várias frentes para prevenir e elucidar feminicídios no Paraná

Por Redação 3 min de leitura

No Paraná, o combate ao feminicídio é tratado de forma ampla e integrada entre as forças de segurança, das Delegacias da Mulher aos atendimentos diários da Polícia Militar. Uma das novidades é o programa Mulher Segura, que está em expansão.

 

O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, 22 de julho, foi instituído pela Lei 19.873/2019, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, e simboliza um esforço conjunto de diversas esferas da sociedade na proteção às mulheres, incluindo as forças de segurança e as várias ações do Governo do Estado. A data foi escolhida em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava e, além da lembrança, é um dia de mobilização.

“No Paraná, o combate ao feminicídio é tratado de forma ampla e integrada entre as forças de segurança, das Delegacias da Mulher aos atendimentos diários da Polícia Militar. Nesse contexto, em 2024, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) criou o Programa Mulher Segura, que traz uma série de ações para coibir crimes praticados contra mulheres. Neste ano, ele foi expandido a todos os 399 municípios paranaenses. Queremos continuar atuando de maneira muito séria e estratégica nessa área”, ressalta o secretário da Segurança Pública, Hudson Teixeira.

O Programa Mulher Segura tem por objetivo o enfrentamento aos diversos tipos de violências de gênero contra a mulher, tais como o feminicídio, estupro e outras modalidades de violência doméstica, com ações de prevenção. O programa trabalha com dois segmentos: o Mulher Segura e o De Homem Para Homem. O primeiro é voltado para mulheres e o segundo para os homens, buscando o engajamento deles no combate à violência de gênero.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), como parte integrante deste trabalho, atua na investigação e esclarecimento dos crimes. As delegacias da PCPR estão plenamente preparadas para apurar as ocorrências de feminicídios ou casos de violência contra a mulher. Nos últimos anos, os índices de solução de feminicídios seguem em torno de 100%.

Para Luciana Novaes, delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada, o número reflete mais do que o trabalho comprometido das equipes policiais, pois elucidar crimes significa também combater. “Isso é uma resposta aos agressores. Estes crimes não passarão em branco. Enquanto houver feminicídio, haverá uma Polícia Civil preparada para investigar, identificar autores e levá-los até a justiça.”

A PCPR também promove de ações educativas e conta com salas de atendimento especializado a mulheres nas delegacias, as chamadas “salas de acolhimento”. O objetivo é evitar que o feminicídio aconteça e difundir conhecimentos para que elas reconheçam o que é a violência e saibam como procurar ajuda.

O trabalho de combate à violência doméstica no Paraná também é realizado de forma ostensiva e estratégica por meio da Patrulha Maria da Penha, um programa consolidado da Polícia Militar (PMPR). Indo muito além do atendimento emergencial, o serviço se tornou uma peça-chave na proteção de mulheres, atuando diretamente para quebrar o ciclo da violência com uma abordagem dupla: de um lado, um olhar humano e acolhedor p