Força Feminina em Campo debate desafios da liderança no meio rural

Por Redação 3 min de leitura

Evento deve reunir mais de 150 agricultoras

O envelhecimento do campo e o êxodo rural desafiam a continuidade da agricultura familiar no Brasil, mas as mulheres têm um papel relevante em reverter esse cenário. Elas exercem liderança no campo, sobretudo na cultura do tabaco, que é – majoritariamente – proveniente de agricultura familiar.

Com o objetivo de debater os desafios e compreender o lugar delas nesse processo, o programa Força Feminina em Campo, iniciativa da Japan Tobacco International (JTI), está chegando a Irati e vai reunir mais de 150 agricultoras da região. A programação acontece nesta quarta-feira (23), no Centro de Eventos Italiano, a partir das 10h.

Realizado desde 2016, este ano o evento está repaginado, contando com mais estrutura, estandes para visitação, espaço para palestras técnicas e debates. “Nosso objetivo é oferecer um espaço de escuta e debate sobre desafios, oportunidades, opiniões e vivências; tratando e valorizando a importância do papel que desempenham na agricultura e no núcleo familiar. Além disso, queremos compartilhar informações para elas melhorarem o resultado de suas lavouras”, afirma Flavio Goulart, diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI.

Pela experiência de quem acompanha o trabalho dessas mulheres no campo e já participou de outras edições do Força Feminina em Campo, a iniciativa faz a diferença para a autoestima. “No dia a dia da lavoura podemos ver que o papel delas é multifacetado; elas estão lado a lado dos maridos no campo e quando chegam em casa ainda são as maiores responsáveis pela organização do lar, pelo preparo do alimento e pelo cuidado com os filhos. Nesse evento propiciamos um momento para elas enxergarem isso e se sentirem amparadas e valorizadas”, afirma a orientadora agrícola da JTI no Rio Grande do Sul Marla Amelini.

O futuro da agricultura familiar e as mulheres

Um dos principais momentos desse encontro será o debate Desafios da Liderança Feminina no Campo. Nele, mulheres vão compartilhar suas experiências e refletir sobre o papel que desempenham na continuidade da agricultura familiar.

Uma delas será a agricultora Sueli Terezinha Rubbo Kempinski, do município de Rio Azul. Formada em administração de empresas, ela trabalhou durante alguns anos na área administrativa e de compras de uma indústria de cigarros. Por meio dela, conheceu seu marido, produtor de tabaco, e começou a ajudá-lo no cultivo.

Há 2 anos, se dedica exclusivamente à lavoura. “É curioso, eu fiz o caminho inverso de muitos, já que em vez de sair do campo para ir atrás de oportunidades, eu estudei, me formei e vim para a lavoura. Essa tem sido uma experiência muito boa, desafiadora e acrescentou muito na minha vida. Gosto de trabalhar na terra”, afirma Sueli, garantindo que a formação faz diferença na hora de planejar e gerenciar o negócio.

Para ela, a educação é uma questão essencial para garantir uma melhor produtividade das lavouras. É por isso que tem buscado cada vez mais aprender sobre a cultura do tabaco e tem incentivado sua filha para que estude bastante. “Eu sempre falo sobre a importância de seguirem buscando conhecimento e estudarem além do segundo grau. Um curso técnico ou uma graduação ajudam a produzir mais e melhorar os ganhos. É uma forma de garantir que continuem no campo”, reflete Sueli.

Força Feminina em Campo

Este ano, com o