Faltam profissionais qualificados para preencher vagas de emprego na região

Por Redação 3 min de leitura

Muitas oportunidades de emprego em setores como da alimentação, construção civil, mecânica e saúde não são aproveitadas devido à falta de trabalhadores que atendam requisitos solicitados pelas empresas de Irati e região.

Apesar do grande número de desempregados no Brasil – cerca de 9 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – diversas vagas de emprego não são preenchidas devido à falta de trabalhadores qualificados, um desafio que também é enfrentado por profissionais de Irati e região. Cursos gratuitos ofertados nos mais diversos setores podem ajudar esses profissionais a se recolocarem no mercado de trabalho, mas muitas vezes o interesse e a busca pelo aprendizado são baixos.

O gerente da Agência do Trabalhador de Irati, Marcelo de Ávila Francos, comenta que na região existem diversas vagas disponíveis, no entanto, faltam profissionais para preenchê-las. “Uma das grandes questões que nos é trazida pelo empresariado é ter a vaga, mas faltar trabalhadores qualificados e capacitados para exercer tal ocupação. Pelo número de seguros [desemprego], sabemos que tem uma grande mão de obra disponível no mercado de trabalho, mas nós temos algumas áreas específicas que a qualificação é deficitária”, descreve Marcelo.

De acordo com os dados mais atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em fevereiro deste ano, em Irati, foram realizadas 638 contratações e 463 desligamentos, totalizando um saldo positivo de 175. Mesmo assim, existe uma demanda alta por trabalhadores que saibam atuar em setores como da alimentação, construção civil, mecânica e saúde. Além disso, sobram vagas para mecânicos, auxiliares administrativos e de consultórios odontológicos e vendedores. Existem vagas também para trabalhadores que saibam atuar em resorts, como garçons, recepcionistas e profissionais da cozinha.

Com diversas vagas divulgadas diariamente, vários profissionais que estão fora do mercado de trabalho procuram a Agência do Trabalhador de Irati todos os dias. “Nós temos uma média entre 40 e 50 trabalhadores atendidos por dia, e também temos um canal de e-mail para receber currículos. Tem dias que entram entre 60 a 70 e-mails em um dia. Se contabilizarmos o que chega de e-mail e o que é atendido na agência, beira os cem a média diária, além de atendimento via telefone”, diz Marcelo.

Baixa procura por cursos gratuitos

Para buscar preencher as vagas disponíveis, diversos cursos gratuitos são ofertados pela própria Agência do Trabalhador de Irati, em parceria com outras instituições, àqueles que desejarem adquirir mais conhecimento para se recolocarem no mercado de trabalho. “Nós temos uma parceria com o CIEE, com o Sesi, Senai e Senac que ofertam cursos gratuitos. Nós tivemos cursos na área de assistente administrativo gratuito, de cozinheiro, confeiteiro, de inclusão digital. Temos também agora um projeto do Governo do Estado que é a Escola do Trabalhador 4.0. Hoje ela tem 25 cursos gratuitos on-line para a população se qualificar”, descreve Marcelo.

Os cursos são abertos de acordo com as necessidades identificadas pela Agência do Trabalhador. Desta maneira, surgiu o curso de inclusão digital. “Se diz muito que o jovem tem conhecimento de tecnologias, eu entendo que o jovem tem conhecimento de celular, dos aplicativos, mas a gente percebe que muita gente não consegue ligar um computador, isso foi identificado aqui, e por isso o pedido, e  o Sesi e o Senai propiciaram o curso”, pontua.

No entanto, ele lamenta que vários cursos oferta