Ex-treinador da Assifusa projeta futuro após encerramento das atividades desse ano

Por Redação 4 min de leitura

A equipe da Associação Iratiense de Futebol de Salão (Assifusa) fez no ano de 2017 a sua melhor temporada. O clube conseguiu um inédito quarto lugar na Série Prata de Futsal e por muito pouco não conseguiu a classificação para a tão sonhada Série Ouro 2018. Apesar dos problemas financeiros que o clube sofreu durante todo o ano, o que também ocasionou a perda de vários atletas, a equipe se uniu e conseguiu se classificar para a semifinal da Série Prata. Agora o clube deu uma pausa no seu projeto por não ter condições financeiras para continuar. O treinador André Demczuk comenta sobre a trajetória da Assifusa ao longo dos 11 anos de história da associação.

Como surgiu a ideia de criar a Associação Iratiense de Futebol de Salão (Assifusa)?

A ideia da Assifusa veio quando eu percebi que nós não poderíamos ficar reféns só do poder público, a gente precisava de um investimento maior e, para que isso acontecesse, nós precisávamos de uma força maior, um respaldo maior, e surgiu a ideia dessa associação. Eu fiz um churrasco na casa dos meus pais e reuni pessoas que gostavam de esportes para que elas fizessem parte. Repassamos essa ideia para eles e a partir daí foi criada a Assifusa. O nome Assifusa vem de Amafusa, que a gente conheceu na época, que era a Associação Maringaense de Futebol de Salão. Como a ideia era a mesma, resolvemos fazer a Assifusa, Associação Iratiense de Futebol de Salão. Todo mundo gostou da ideia, escolhemos cores, escudo.

Desde 2014 a equipe enfrentou muitas dificuldades financeiras para conseguir manter o projeto até hoje. Como foi isso?

A partir de 2014, a gente trouxe o projeto de novo com a chave bronze. Ficamos em quarto lugar na chave bronze, o acesso para a chave prata. E, desde então, três anos na chave prata, com um sétimo lugar, um quinto e um quarto. Fomos melhorando, fomos trazendo as colocações melhores, esse ano passamos perto do acesso, mas infelizmente a estrutura é inadequada para que a gente tenha uma equipe adulta aqui na nossa cidade. A questão do apoio do poder público, eu sou contra o poder público apoiar financeiramente as equipes, mas ele tem que dar toda a estrutura e hoje nós não temos essa estrutura, a estrutura de ginásio, estrutura de professores, de repente de treinador, isso eles podem fazer, estrutura de um alojamento para os atletas, estrutura de limpeza, estrutura de materiais, tudo isso a prefeitura pode te dar, e a gente não vê isso.

Muitos acham que se a Assifusa estivesse na Série Ouro, ano que vem iria ter um apoio maior, mas vemos que algumas equipes que disputam a elite cogitam não participar em 2018 por problemas financeiros, como o CAD/Guarapuava, entre outras equipes. O Keima foi vice-campeão da Série Ouro e no ano seguinte já não participou. Então esse problema de falta de recursos para apoiar o futsal ainda é muito grande?

Se você parar para analisar, esse problema está muito na nossa região. A nossa região é muito pobre, não só de dinheiro, mas também de pensamento, um pensamento muito pobre. Não entende o esporte como um investimento, entende como gasto.  E isso é mentira, o esporte tem sim que ser um investimento, quanto mais você pratica esporte, menos você precisa da saúde, são pessoas mais saudáveis, pessoas menos estressadas, pessoas mais educadas, porque o esporte te ensina a respeitar regr