Evento em Prudentópolis debate desafios e oportunidades para a apicultura da região

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No sábado (5), o curso de Ciências Contábeis do Câmpus Avançado de Prudentópolis promoveu uma ação de extensão sobre a atividade apícola no Paraná. Realizado em conjunto com a Associação de Apicultores e Meliponicultores de Prudentópolis (Apam) e a Federação Paranaense de Apicultores e Meliponicultores (Fepamel), o evento organizado por acadêmicos da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) reuniu quase 160 participantes de toda a região.
“O objetivo foi discutir o cenário atual da criação de abelhas, incentivando o intercâmbio de conhecimentos entre produtores, pesquisadores, extensionistas e demais atores da cadeia produtiva do mel, com foco em inovação, sustentabilidade e valorização da atividade apícola”, afirma a professora Ana Lea Macohon Klosowski, coordenadora da ação.

A docente explica que a atividade integra dois projetos de extensão que estão em andamento na Unicentro – “A extensão universitária na agricultura familiar: da gestão contábil à sustentabilidade” e “A extensão universitária nas associações de produtores rurais: da gestão contábil à sustentabilidade”. O primeiro deles faz parte do Programa de Extensão em Sustentabilidade Territorial, uma parceria entre o Itaipu Parquetec e a Itaipu Binacional. Já o segundo foi aprovado em edital do Universidade Sem Fronteiras (USF), iniciativa extensionista da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).

“Cabe destacar que em ambos há interação da extensão universitária e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) com a agricultura familiar. Isso se dá, principalmente, por desenvolver ações voltadas à inovação na cadeia produtiva e sustentabilidade, se alinhando aos ODS, especialmente, no que se refere à preservação ambiental, segurança alimentar, geração de renda e fortalecimento das comunidades rurais”, complementa Ana Lea.

As palestras do dia trataram de temas relacionados direta ou indiretamente com a criação de abelhas, como a influência do uso de agrotóxicos, a interação com o plantio de soja, quais plantas podem ser cultivadas para que os insetos coletem pólen e néctar, a participação das mulheres na produção agrícola e o acesso a crédito rural.

“Eu sou apicultor de Mallet. Já faz 30 anos que lido com abelha e muita coisa aprendi hoje aqui. Coisas que eu nem imaginava sobre agrotóxico, plantas melíferas que eu não conhecia. Foi muito produtivo”, comenta Jocelito Pauluk.

 “A gente já sabe a prática, já entende um pouco, mas estamos aqui atrás de conhecimento e sempre é bom coisa nova”, reforça Valter Kuzma, apicultor de Prudentópolis.

O acadêmico Luis Gustavo Michelin lembra que a iniciativa também serviu para capacitar os produtores em relação a questões contábeis, trabalho que tem sido feito de forma mais ampla pelos dois projetos de extensão. “Para o sábado, foram elaborados materiais com informações sobre nota fiscal eletrônica para produtor rural, gestão de fluxo de caixa, algo que eles pudessem usar no dia a dia da atividade apícola”, pontua.

Para o aluno, o contato direto com a comunidade é uma relação fundamental em qu