Erasto em Irati: Conheça os reflexos na saúde da região em quase um ano da atuação

Por Redação 3 min de leitura

No dia 27 de outubro de 2017, foi inaugurada em Irati a Unidade Avançada do Erasto Gaertner. Conhecida popularmente como o Erasto de Irati, a unidade completa na próxima semana um ano de atendimento.
A unidade em Irati realiza ainda somente alguns procedimentos, como consultas, quimioterapias, curativos e atendimentos ambulatoriais. Mesmo assim, os atendimentos cresceram e o espaço onde está localizada a unidade está se tornando pequeno. Profissionais e pacientes contam sobre as mudanças nesse um ano de atendimento e os planos para expandir os serviços.
 

Mais de 800 novos casos atendidos e 3 mil viagens a menos para Curitiba

Há dois meses, Dulce Gonçalves Batista, 58 anos, recebia o diagnóstico que estava com câncer de mama, devido a um tumor na mama esquerda. “Eu fiz uma consulta com a minha ginecologista. Há algum tempo eu percebia que tinha, mas nós nunca pensamos que vai ser o pior. Eu sempre tive muito cistos nas duas mamas e eu achei que talvez fosse um deles. Mas ela percebeu, no toque, que estava meio suspeito. Aí já me mandou para mamografia”, conta.
O caso de Dulce é um dos 876 casos novos diagnosticados neste período de um ano e atendidos pelo Erasto de Irati. Segundo a enfermeira supervisora Daniela Raffo, a estimativa é que pacientes da 4ª Regional de Saúde deixaram de fazer cerca de 3 mil viagens com a unidade de Irati. “Não é só a consulta. É a consulta, a quimio, alguns procedimentos que envolvem a quimioterapia, manutenção de cateter, entrega de medicamento. O paciente tinha que ir até Curitiba pegar um medicamento”, relata.
Dulce diz que sentiu a diferença com a unidade na região. Ela conta que após a biópsia e o diagnóstico, começou em pouco tempo o tratamento em Irati. “Dia 17 de setembro já estava fazendo a primeira quimio. Não deu 30 dias para fazer o primeiro passo”, relata.
A possibilidade de fazer o tratamento perto de casa é um dos principais benefícios citados. “Nós somos privilegiados porque não precisamos ir para Curitiba. Eu sei que lá todos atendem muito bem, se você esperar o médico te atende, nunca ninguém vai voltar sem ser atendido. Mas digo assim, é um processo mais cansativo, trabalhoso. Aqui é muito mais acelerado. Está em casa. Quando a gente sai daqui, a gente não sai muito… sai com um pouquinho de enjoo, então já vamos para casa, já ficamos em casa”, comenta Dulce.
O atendimento dos pacientes no interior também é destacado pelo superintendente do hospital Erasto Gaertner de Curitiba, Adriano Lago, que ressalta a importância de adaptar o atendimento à cultura do paciente. “Eu posso falar que eu vi um paciente que veio fazer tratamento de bicicleta, isso é impagável! Às vezes você fala para o paciente: ‘Você vai sair de Rebouças para ir para Curitiba’. Se você falar pra ele: ‘Você vai ir num shopping, ir numa churrascaria’, ele não quer ir. É um ambiente fora dele, cidade grande, ele não quer ver pessoas. Não é a cultura dele, não é o estilo de comer dele. Agora imagine você falar que ele vai fugir de tudo isso [sua própria cultura] contra a vontade dele, porque se não ele vai morrer. Então, é você trazer um ambiente dele, não só a distância”, disse.
Ele explica que essa adaptação ajuda para que o paciente aceite o tratamento, uma das maiores dificuldades na área da