Erasto de Irati comemora um ano de instalação
Evento de comemoração de um ano de instalação em Irati mostrou números de atendimentos do último ano
Um evento na sexta-feira (09) marcou a comemoração do primeiro ano de funcionamento da Unidade Avançada do Hospital Erasto Gaertner em Irati no prédio da antiga sede da Abapci. O evento reuniu autoridades e convidados que puderam ver os resultados principais deste primeiro ano de atuação na região.
Segundo o superintendente do hospital, Adriano Lago, o aumento do número de atendimentos na região é preocupante. “O que nos assusta de certo modo é que o número de casos de oncologia que surpreende não só para Irati, mas o mundo está vivendo números que nos assustam a cada dia. Em média, a medicina está adiantada em seus números 25 anos e o que é preocupante é que temos bons profissionais, conseguimos formar bons profissionais, mas ainda temos falta de estruturas”, disse.
Por isso, destacou a importância de ter uma estrutura no interior que ajuda inclusive no tratamento de pacientes. “Nós evitamos ou deixamos que pacientes deixassem de realizar cerca de 3 mil viagens”, disse.
O médico oncologista, Gustavo Vasili Lucas, explica que a diminuição das viagens ajuda no tratamento. “O impacto na qualidade de vida é tremendo. Pelo menos um dia de tratamento a mais estamos sempre oferecendo para que o paciente não viaje”, disse.
Casos
Em outubro, a unidade de Irati ultrapassou a marca de 500 atendimentos por mês. 221 novos casos de câncer foram confirmados, sendo que Irati e Imbituva tiveram mais pacientes. A faixa etária principal dos pacientes é entre 60 anos e 70 anos.
“A maior incidência é o câncer de pele não melanoma, câncer de mama nas mulheres e câncer de próstata nos homens. Essa é maior incidência da nossa região que bate mais ou menos com o perfil epidemiológico do país”, explica o médico oncologista.
O oncologista afirmou que ainda estão sendo feito estudos para entender a alta incidência de câncer na região, mas que ainda não é possível afirmar a causa dos números elevados. Ele ainda destaca que a região tem números parecidos com os nacionais, mas a maior diferença acontece quando há comparação com regiões brasileiras. “É diferente do que outras regiões como no nordeste ou no norte pelo consumo de carne, alguns outros tipos de alimentos que influenciam na doença oncológica, mas não conseguimos afirmar com certeza se tem algum uso de aditivos ou alguma outra situação que gere mais casos para a nossa região”, relata.
Contudo, ele não descarta que possa haver algum relação entre casos de câncer e determinados tipos de trabalho. “Acredito que possa ter relação o consumo da fumicultura e o uso de outros agrotóxicos, como pesticidas, com doença oncológica, mas não conseguimos fazer uma afirmativa exata sobre a nossa região no momento. Temos um alto índice de doença oncológica, mas dentro da doença oncológica não aparece ter uma prevalência tão diferente quanto o restante do país”, disse.
Proximidade
Um fator destacado pela equipe do Hospital Erasto Gaertner foi a proximidade com os pacientes. Essa proximidade ajudou, por exemplo, em tratamentos, onde pacientes podem ir acompanhados por familiares que os auxiliam, além de estar próximo de casa. “Pra mim é inexplicável poder narrar que uma pessoa veio fa

