Contrato que permite transformar lixo de Irati em madeira biossintética e combustível é assinado

Por Redação 3 min de leitura

A partir deste contrato entre o município e a empresa Atena, ela está autorizada a transformar o lixo produzido em Irati em madeira biossintética. Para instalação da fábrica, o munícipio apenas terá que ceder o uso de um terreno

O contrato licitatório entre Irati e a empresa Atena Engenharia Industrial Ltda., do Rio de Janeiro, foi assinado na manhã de segunda-feira (30) na prefeitura de Irati. Pelo contrato, é permitido à empresa Atena transformar os resíduos sólidos urbanos em insumos com valorização energética (energia elétrica e biodiesel) e/ou comercial, como a madeira biossintética.

 

De acordo com o prefeito de Irati, Jorge Derbli, o município será o primeiro no Brasil a ter essa experiência. “É um contrato de concessão de 30 anos para que a empresa consiga se instalar em Irati. É uma tecnologia nova, moderna. Destaca-se que Irati será o primeiro munícipio do Brasil a fazer isso. Essa empresa já está na Argentina, em Araucária, mas com resíduo industrial. O resíduo urbano, nós somos o primeiro munícipio. Nós temos a convicção que isso vai dar certo e vai resolver o problema de Irati”, disse. 

 

Como é um caso pioneiro, Irati não terá custo para implantar o projeto. “Apenas temos que ceder um terreno para essa empresa, para a instalação, e a cessão de uso por 30 anos”, explica o prefeito, que também destacou que não haverá isenção fiscal para a Atena Engenharia.

 

O terreno já foi escolhido e apresentado para a empresa. Trata-se de uma área no distrito industrial na Vila São João. “O pessoal da empresa já gostou. Estavam aqui representantes e sócios da empresa de Curitiba e do Rio de Janeiro. É uma empresa que há mais de 30 anos trabalha nesse setor e eles gostaram muito do terreno”, destacou.

 

No entanto, para que a área seja liberada para a empresa, a prefeitura irá mandar um projeto à Câmara de Vereadores de Irati para pedir a liberação de cessão de uso.

 

A secretária de Meio Ambiente e Ecologia, Magda Adriana Lozinski, disse que a partir da assinatura do contrato, a empresa está autorizada a encaminhar toda documentação necessária para entrar em operação.

 

Ela também explicou que mesmo após a empresa entrar em operação, a coleta de lixo deve continuar normalmente em Irati. “Os trabalhos que já vêm sendo executados pelo município vão continuar normalmente sendo executados da mesma forma. A empresa HMS continuará a fazer a coleta dos resíduos domiciliares como vem sendo feita e a cooperativa e a associação continuam fazendo o trabalho de coleta seletiva. Não existe nada de diferente, nenhuma interferência em relação à execução desses serviços. O que terá depois é que os resíduos orgânicos domiciliares que eram levados para o aterro sanitário, vão ser levados até essa empresa para transformação em madeira biossintética”, disse.

 

O diretor da Atena, Walter Dias Junior, disse que acredita que o processo para documentação e liberação do funcionamento deverá ocorrer em um período entre oito e doze meses. “Precisamos fazer a licença ambiental prévia, que é a licença que discute a viabilidade do projeto e as condicionantes para continuação do projeto. Com essa licença ambiental prévia concedida, o órgão financeiro que nos apoia libera os recursos. Com os recursos segurados, n&o