Consumidores de pontos altos de Irati reclamam da falta de água
A falta de água é um problema antigo em Irati e consumidores afetados têm ampliado os reservatórios domésticos para minimizar os transtornos
A falta de abastecimento de água em alguns bairros de Irati é uma reclamação antiga de moradores que sofrem constantemente com este problema. Os mais atingidos são os moradores de pontos mais altos da cidade.
É o caso de moradores de Engenheiro Gutierrez. Edeni Mores conta que já chegou a faltar água mais de uma vez por semana. “Às vezes falta. Somente durante o dia fica sem água, mas sempre vem à noite. Eu tenho duas caixas grandes, então não falta. Mas quem não tem caixa, ou tem caixa pequena, ou direto da rua, aí fica sem água”, conta.
A caixa d’água é uma recomendação da própria Sanepar, que segue a orientação da ABNT, recomendando uma caixa d’água de pelos menos 500 litros para que se tenha abastecimento por pelo menos 24 horas.
No entanto, mesmo com a caixa alguns consumidores relatam que há desconforto com a falta de água. A moradora de Engenheiro Gutierrez Maria José Batista reside ao lado da casa do pai, José Ferreira de Camargo, e conta que a falta de água acontece geralmente aos sábados, após o almoço. Como esse corte de fornecimento é abrupto, sem aviso, os moradores não conseguem se planejar no gasto da água. “Um dia faltou e não deu pra lavar louça porque lavei roupa, e gastou tudo. De noite não tinha para lavar a louça”, relata. Ela conta que apesar do pai, já em idade avançada, usar as dependências da sua casa para as atividades do cotidiano, a falta de água fez com que ele adquirisse o hábito de guardar sempre um balde de água. “Tenho a caixa d’água. Sempre falo quando quiser pegar, mas ele não entende”, explica Maria. “Guardo no balde, se faltar, tem no balde”, disse José.
Moradoras da parte mais baixa do bairro, Doraci Gadens e Maria Gadens relatam que a falta de água acontece mais nos pontos altos. “Eu não tenho sentido falta de água. Depende a região. É para lá que falta água [aponta para cima]. Uma mulher que trabalha para mim diz que não tem água”, conta Doraci. “Quem não tem a caixa é o problema. Aí falta mesmo. A gente tem caixa, então acho que falta só quando preciso da mangueira”, relata Maria.
No bairro Rio Bonito acontece o mesmo. Moradora há mais 20 anos, Elza Beraldo, conta que o consumo das partes mais baixas do bairro pode afetar o fornecimento. “Enquanto eles tão gastando lá [na parte mais baixa], aqui não tem”, relata.
Sua vizinha, Margarete Serbaro, mora no bairro há dois anos e relata que ultimamente não tem faltado tanta água, mas que houve períodos em que a falta era constante. “Ano passado teve bastante falta de água. E nesse ano teve a falta daqueles dias que estavam comunicando no rádio”, disse.
Já num ponto mais alto do bairro, próximo ao cemitério, outros moradores relatam interrupções de fornecimento mais constantes e mais recentes, como no último mês. O principal problema são os moradores que possuem algum empreendimento junto às suas residências. É o caso de Benilson S. Costa que trabalha com transporte escolar. “É complicado. Temos calçada, temos a rampa para lavar, então uso bastante. Falta direto aqui no Rio Bonito, é um lugar bom de morar, mas falta direto. Não sei porquê”, comenta.
Ele conta que como tem residência junto à empresa, a caixa d’&aa

