Construção de uma penitenciária federal em Irati começa a ser debatida

Por Redação 3 min de leitura

Na manhã de terça-feira (26), o prefeito de Irati Jorge Derbli e o secretário municipal de Planejamento João Antônio de Almeida Júnior receberam integrantes do Departamento Penitenciário (Depen) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que vieram a Irati para discutir a possibilidade da construção de uma penitenciária federal no município.

Uma área às margens da BR-277 – que está sendo permutada entre o Município e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar/ Emater) – foi apresentada pelo Executivo aos representantes da Sesp, engenheiro Luiz Carlos Giublin Jr. e coordenador regional, Renato Silvestri.  Depois, a comitiva seguiu até a Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai), onde foi recebida pelo presidente Elias Mansur e por membros da diretoria para as primeiras discussões sobre o projeto. Também participaram do debate a presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Irati, Patrícia da Luz e os responsáveis pelo Depen no município.

Atualmente, na carceragem da 41ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Irati há 93 detentos, dispostos em um espaço adequado para 38 presos. A situação é considerada pelos agentes de segurança pública “uma bomba relógio” e a possibilidade de construir um presídio nos mesmos moldes da Penitenciária Industrial de Guarapuava está sendo apresentada como alternativa para o problema.

O coordenador regional do Depen, Renato Silvestri, explica que faltam vagas no sistema carcerário em toda a região central do Paraná.  “Nós temos hoje um déficit muito alto na regional de Guarapuava, nós fizemos este levantamento no final da semana passada, 980 presos que deveriam estar em presídios estão ocupando vagas em delegacias superlotadas, como é o caso de Irati”, contou Sivestri.

A proposta é de investir R$ 49,9 milhões, com recursos federais, para construir uma penitenciária com estrutura para abrigar 800 detentos da região, o que demanda uma equipe grande de funcionários concursados como explica o engenheiro da Sesp, Luiz Carlos Giublin Jr. “A previsão de funcionários, de policiais penais, é de 160, mais 26 administrativos e técnicos para esta unidade. É uma unidade totalmente diferente das que hoje nós temos no estado, todas as portas automatizadas, ela tem 173 câmeras. É esta unidade que estamos propondo para Irati”, explicou Giublin Jr.

O fato da construção do presídio às margens da BR-277 é estratégia para o Depen. Isto porque em um transporte de presos ao longo do trajeto da rodovia, entre Foz do Iguaçu e Curitiba, a unidade de Irati também funcionaria como uma base de apoio ao Depen, onde os detentos poderiam ser alimentados, fazer uso de sanitários, receber atendimento médico se preciso e ter outras necessidades atendidas.

“Para nós é um local estratégico, uma base que a gente vai ter aqui. A penitenciária funciona fora deste esquema de segurança ostensivo Polícia Militar e Polícia Judiciária – Polícia Civil, ela funciona estanque”, relata o engenheiro.

Economia

Caso o projeto se efetive, os mais de 180 funcionários diretos que deverão atuar no presídio, apenas com seus salários já trarão um incremento significativo à economia local. Atualmente, cada agente carcerário tem