Como foi a concessão do 1º lote de rodovias e que esperar do pedágio nos próximos 30 anos

Por Redação 3 min de leitura

Tarifas pela metade do preço que os paranaenses pagavam e de mais de 70% de duplicação das rodovias do 1º lote são algumas das novidades. A duplicação inclui o trecho da BR 277 que vai de Irati ao Spreia

Pelos próximos 30 anos, a empresa Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A. será a responsável pela administração e modernização das sete estradas que compõem o sistema de rodovias integradas do Paraná. No leilão que ocorreu na Bolsa de Valores, no último dia 25, a empresa ofereceu desconto de 18,25% na tarifa por quilômetro rodado e venceu o Consórcio Infraestrutura Paraná, que apresentou desconto de 8,33% no leilão.  

Com o desconto concedido pelo grupo vencedor, a tarifa do novo pedágio terá  valor 65% menor do que aquele que estaria sendo cobrado por quilômetro rodado se o Anel de Integração ainda existisse (R$ 0,2543) ou 54% menor do que a última tarifa por quilômetro rodado cobrada (R$ 0,1919).

“É o começo de uma nova história no Paraná, com um contrato muito mais moderno, preços justos e um grande pacote de obras, o que vai posicionar o Estado como um grande hub logístico da América do Sul”, disse Ratinho Junior.

A concessão é de 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro Sul e Campos Gerais. O grupo vencedor deverá investir pelo menos R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427. 

De acordo como ministro dos Transportes, Renan Filho, as obras deverão modernizar a infraestrutura e o modelo de concessão adotado servirá de modelo para outros estados. 

“Esse primeiro lote das rodovias integradas estaduais e federais do Paraná é o maior leilão rodoviário do ano e esse pool de leilões de rodovias do estado será o maior grupo de leilões em toda a América Latina. Isso modernizará muito a infraestrutura do estado e servirá de modelo e parâmetro para as outras unidades da Federação”, declarou o ministro.  

Duplicações e outras obras

Mais de 70% do total dos 473 quilômetros de rodovias que compõem o lote 1 serão duplicados, o que representa a incorporação de mais 344 quilômetros de pista dupla à malha rodoviária paranaense. Também estão previstos 210 quilômetros de faixas adicionais (terceiras faixas) e 44 quilômetros de novos acostamentos. Além de 31 quilômetros de novas vias marginais, 27 quilômetros de ciclovias e 86 viadutos, trincheiras e passarelas. 

Estas obras beneficiarão 18 cidades: Prudentópolis, Porto Amazonas, Guamiranga, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Imbituva, Ipiranga, Ponta Grossa, Curitiba, Lapa, Irati, Palmeira, Campo Largo, Balsa Nova, Araucária, Contenda, Almirante Tamandaré e Colombo, que reúnem 3,06 milhões de habitantes, segundo o último Censo.

Além de executar as obras, cujo investimento previsto é de R$ 7,9 bilhões, a empresa Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A. também deverá arcar com aproximadamente R$ 5,2 bilhões em custos operacionais durante o período de concessão. Isso para oferecer serviços médicos e mecânicos, pontos de parada de descanso para caminhoneiros e sistema de balanças de pesagem. O investimento total é de mais de R$ 13 bilhões. 

Segundo estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), deverão ser gerados 81,7 mil empregos.

BR-227

O mais longo trecho concedido está na BR-227 e tem 227,